Champions League: CR7 e Zidane escrevem mais uma página na história do Real em 2018

A 63ª edição da Champions League ficou marcada pela vitória do Real Madrid, que conquistou sua 13ª taça na competição favorita. Nesta temporada, Cristiano Ronaldo brilhou mais uma vez, quebrando recordes, enquanto Zinedine Zidane reafirmava seu feito único: já havia vencido a Champions como jogador (2002), assistente técnico (2014) e treinador (2016), e agora se tornou o primeiro técnico a conquistar o título três vezes consecutivas.

O Real Madrid buscava o tricampeonato da Champions League, algo inédito nos formatos atuais da UEFA. Para essa temporada, o clube optou por não realizar grandes contratações e ainda liberou jogadores como Pepe, James Rodríguez e Morata.

Na fase de grupos, composta por 32 equipes divididas em oito grupos de quatro times, o Real foi sorteado no Grupo H, ao lado de Apoel, Borussia Dortmund e Tottenham. A principal disputa ficou entre os espanhóis e os ingleses pela liderança da chave. O Madrid terminou em segundo lugar com 13 pontos, resultado de quatro vitórias, um empate e uma derrota: os pontos perdidos foram justamente nos confrontos contra o Tottenham: derrota por 3 a 1 no primeiro jogo e empate por 1 a 1 na volta. Assim, pelo oitavo ano consecutivo, o Real Madrid avançou para as oitavas de final.

Nas oitavas, o sorteio não foi generoso para o Real, que enfrentou o poderoso PSG de Neymar, Cavani e Mbappé. O jogo de ida, no Santiago Bernabéu, começou com Rabiot abrindo o placar aos 33 minutos. O Real criou diversas chances, especialmente com Benzema, e parecia que o primeiro tempo terminaria com derrota parcial, até que Kroos sofreu pênalti cometido por Lo Celso nos acréscimos. Cristiano Ronaldo converteu, empatando a partida aos 45 minutos.

No segundo tempo, o Paris pressionava, mas Asensio, em jogada brilhante, cruzou rasteiro para Ronaldo, que marcou seu segundo gol no jogo e colocou o Real em vantagem. Aos 86 minutos, Marcelo ampliou o placar, novamente assistido por Asensio, fechando a partida em 3 a 1.

No jogo de volta em Paris, o PSG estava desfalcado de Neymar. O primeiro tempo foi equilibrado, com chances para ambos os lados, mas terminou sem gols. Na etapa final, Asensio lançou Lucas Vázquez, que cruzou para Cristiano Ronaldo cabecear e abrir o placar para os visitantes. Mesmo após a expulsão de Verratti, o PSG empatou com gol de Cavani aos 71 minutos, mas Casemiro, aos 80, garantiu a vitória e a classificação do Real Madrid para as quartas.

Nas quartas de final, o Real Madrid encarou a Juventus. No jogo de ida, em Turim, Ronaldo abriu o placar aos 3 minutos após cruzamento de Isco. O primeiro tempo terminou 1 a 0 para os visitantes.

Na segunda etapa, aos 64 minutos, Marcelo lançou Cristiano Ronaldo em velocidade. Após uma falha do goleiro Buffon e do zagueiro, a bola sobrou para Vázquez, que chutou forte, defendido por Buffon, mas sobrou para Carvajal. Ele cruzou para Ronaldo, que executou uma bicicleta magistral: um gol histórico, muitas vezes comparado ao de Zidane na final de 2002. Zidane, técnico do Real, não conseguiu conter a emoção, enquanto até a torcida da Juventus aplaudia o feito do craque português.

Pouco depois, Dybala foi expulso, complicando ainda mais a Juventus, que já perdia por 2 a 0. Marcelo ainda marcou o terceiro, assistido por Cristiano, selando o placar em 3 a 0.

No jogo de volta, a Juventus protagonizou uma reação impressionante. Mandžukić marcou aos 2 e 37 minutos, e Matuidi fez o terceiro aos 61, empatando a soma dos resultados e levando a decisão para a prorrogação. Porém, no final do segundo tempo, um pênalti polêmico foi marcado para o Real Madrid após falta em Vázquez, e Buffon foi expulso por reclamação. Cristiano Ronaldo converteu a penalidade, garantindo a vaga do Real para a semifinal.

Na semifinal, o Real enfrentou o Bayern de Munique. No primeiro jogo, na Alemanha, Kimmich abriu o placar para o Bayern aos 28 minutos, mas Marcelo empatou antes do intervalo. Aos 57, Asensio marcou o gol da virada após erro do Bayern, e Navas fez defesas importantes para manter o resultado de 2 a 1.

No jogo de volta, no Bernabéu, Kimmich novamente abriu o placar aos 3 minutos, mas Benzema respondeu com um gol de cabeça aos 11. Após falha do goleiro Ulreich, Benzema virou o jogo para o Real. James Rodríguez empatou para o Bayern, mas o empate em 2 a 2 não foi suficiente para tirar o Madrid da final: pela terceira vez consecutiva.

Mais de 61 mil torcedores lotaram o Estádio Olímpico de Kiev para assistir à final entre Real Madrid e Liverpool. Muitos estavam ali para ver Cristiano Ronaldo, autor de 15 gols na competição, enquanto outros acompanhavam o promissor Salah, que brilhava pela seleção egípcia.

O Liverpool começou melhor, mas Salah se lesionou aos 24 minutos após disputa com Sérgio Ramos e teve que sair. Isso afetou o desempenho dos Reds. No primeiro tempo, o Real teve um gol anulado por impedimento.

No segundo tempo, Isco acertou o travessão, e Benzema abriu o placar após falha do goleiro Karius. O Liverpool empatou com Mané de cabeça em cobrança de escanteio. Aos 64 minutos, Bale marcou um golaço de bicicleta para o Real. Para fechar a noite, aos 83, Bale aproveitou outro erro de Karius para fazer o terceiro gol, consolidando a vitória por 3 a 1.

Com esse triunfo, o Real Madrid conquistou sua 13ª Champions League, reafirmando sua supremacia na competição mais prestigiada do futebol europeu.

Essa edição também marcou a saída de Zidane, que retornaria um ano depois, e a despedida de Cristiano Ronaldo, transformando os momentos de alegria em saudade para os torcedores merengues.

escrito por Giselly Horta