Dia do Goleiro: Manga, a inspiração de gerações
- Futebol por Elas
- 26 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Haílton Corrêa Arruda — o Manga — comemora hoje mais um ano de vida
O pernambucano de Recife, quando ainda era jovem, já possuía muita habilidade embaixo das traves das categorias de base do Sport Club Recife. Com o destaque na posição, ganhou esse apelido ao ser comparado com o goleiro Manga que defendeu o Santos Futebol Clube entre os anos de 1951 e 1960.
Ao ser promovido para o time profissional do time, Manga ganhou visibilidade após realizar boas atuações durante uma excursão à Europa e ao Oriente Médio em 1957, o que lhe rendeu o posto de titular absoluto no Sport. No ano seguinte, foi fundamental para a conquista do campeonato estadual pelo clube da Ilha do Retiro.
Vale ressaltar que, no início da carreira, o ex-atleta não usava as luvas.
"Eu não tinha medo, era corajoso. Quando quebrava um dedo, o doutor me engessava e em três ou quatro dias já estava jogando de novo. Por isso, tenho quase todos os dedos tortos. Essas são as marcas do meu trabalho. Tenho um orgulho muito grande do que fiz em minha carreira. Sempre fiz o melhor, mesmo que estivesse machucado." — afirma Manga ao site Lance!

Já no ano de 1959, Manga foi anunciado pelo Botafogo, tornando-se um dos maiores goleiros da história do Glorioso. No clube, permaneceu até 1968 conquistando quatro Campeonatos Cariocas, três Torneios Rio-São Paulo e a Taça Brasil. Além disso, durante sua passagem pelo Alvinegro, Manga foi convocado para a Seleção Brasileira e disputou a Copa do Mundo de 1966, que foi realizada na Inglaterra.
Em 1969, o pernambucano foi exibir seu brilhantismo defendendo o Nacional do Uruguai. Lá consagrou-se campeão nacional em quatro edições consecutivas, também venceu a Libertadores da América e o Torneio Intercontinental.
De volta ao Brasil, em 1974, Manga exerceu seu dom com maestria ao salvaguardar as traves do Internacional. Pelo Colorado, o goleiro foi bicampeão brasileiro e venceu o Campeonato Gaúcho em três edições. Assim como no Botafogo, é considerado um dos melhores goleiros que já atuaram pelo clube.
O final da sua carreira foi marcada por pequenas passagens pelos times Operário-MS, Coritiba, Grêmio e Barcelona-EQU, os quais foi campeão por todos. Haílton Corrêa Arruda encerrou sua jornada aos 45 anos de idade. Ao pendurar suas chuteiras, escolheu viver no exterior e trabalhou como preparador de goleiros por clubes como Deportivo Quito, LDU Quito e o próprio Barcelona-EQU, o qual já havia defendido.
Em 2021, o ex-goleiro contraiu uma inflamação e precisou passar por uma cirurgia para tratar de uma insuficiência renal aguda. A operação foi realizada no Uruguai e teve ajuda financeira dos torcedores do Nacional-URU e até mesmo do próprio clube.
Retornando a solo brasileiro, Manga foi morar no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, e contou com o apoio de torcedores, dirigentes e jogadores do Glorioso de General Severiano.
Falar de goleiro é falar de Manga!
Kommentare