A história por trás da Copa das Nações Africanas
- Érica Karina
- 18 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Quem aqui não está eufórico com as finais da Copa do Brasil, ou então com as semifinais da Copa Libertadores? Eu, assim como qualquer fã do esporte está, e não é pra menos, as competições em forma de mata-mata geram um frenesi totalmente diferente. Pois, nesses confrontos o inimaginável é possível, é tratar cada jogo como uma final e para muitas equipes realmente é. Nesse sentido, vamos conhecer melhor uma competição que existe há mais de 60 anos, 66 anos pra ser exata. Criada em 1957, a Copa das Nações Africanas tem se popularizado cada vez mais entre o mundo esportivo, principalmente nas duas últimas décadas.
Apesar de sua primeira edição ser realizada em 1957, a Copa das Nações Africanas começou a tomar silhueta em 1956, com a reivindicação da criação da Confederação Africana de Futebol – no Terceiro Congresso FIFA, ocorrido em Lisboa/Portugal. A Confederação Africana de Futebol – CAF. A criação da CAF só fora possível graças aos representantes do Egito, Etiópia, África do Sul e Sudão, este último, no ano seguinte seria o país sede da primeira edição do novo torneio: A Copa das Nações Africanas, ou Taça das Nações Africanas.
Como mencionado anteriormente, Egito, Etiópia, África do Sul e Sudão, foram os responsáveis pela criação da CAF, logo, também foram as primeiras equipes a competir no novo torneio. A matemática para o confronto baseava-se em 3 jogos, sendo que haveria um sorteio para definir quais seriam os adversários, e os 2 times que vencessem seus confrontos, disputariam um terceiro jogo, para saber quem sagrar-se-ia o primeiro campeão do continente. Todavia, desde o final da década de 1940 vigorava na África do Sul o regime de apartheid – ou seja, um regime separatista, sustentado pela elite branca, que pregava uma superioridade racial europeia. Baseado nessa ideologia, a África do Sul recusou-se a enviar ao torneio uma equipe multirracial, causando dessa fora sua exclusão automática da competição, retornando ao torneio somente em 1996.
O primeiro campeão
Com a suspensão da equipe sul africana, sua adversária, Etiópia, automaticamente foi classificada para a final do torneio, aguardando o vencedor da partida entre Egito e os anfitriões sudaneses. Na final disputada em Cartum, a equipe egípcia aplicou um sonoro 4x0 na seleção etíope, sagrando-se a primeira campeã do novo torneio continental.
Ne edição seguinte em 1959, o Egito e Síria se unem e criam a República Árabe Unida, sediando a segunda edição do torneio, tendo como convidados as mesmas equipes da primeira edição. E os egípcios conquistam o bicampeonato do torneio, desta vez vencendo a equipe do Sudão pelo placar de 2 a 1.
Após o bicampeonato consecutivo dos egípcios, a terceira edição do torneio ocorreu em 1962 – neste ano o torneio contou com uma fase preliminar, quais também adentraram na disputa as equipes de Uganda e da Tunísia. Novamente, o Egito figurava na final da competição para buscar o tricampeonato, enfrentando novamente sua velha conhecida seleção etíope, porém, desta vez, foi a Etiópia que sagrou-se campeã após um empate em 2 a 2 no tempo regulamentar e um elástico 2 a 0 na prorrogação.
A quarta edição do torneio foi um divisor de águas, pois pela primeira vez, o torneio fora organizado em grupos. Porém, meus amigos, deixaremos está história para os próximos dias.
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