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Superação, jovialidade e brilhantismo: a trajetória de Aliou Cissé

Feliz vida! Feliz 2024! Depois de algumas semanas, volto a escrever sobre uma das coisas que mais amo: o futebol. Durante o tempo em que fiquei “de férias” planejei tantos novos assuntos para discorrer ao longo deste novo ano. Porém, gostaria de iniciar esta nova trajetória com um assunto que já apresentei aqui muito recentemente: a Copa Africana das Nações. Contudo, tenho como objetivo aqui, me aprofundar em uma seleção em específico e em uma figura especial: Aliou Cissé.

 

Aliou Cissé, técnico da seleção de Senegal atual campeã africana, nasceu em Ziguinchor, no dia 24 de março de 1976. Atualmente com 47 anos, Aliou Cissé comanda a seleção senegalesa desde de 2013. Iniciando sua carreira como treinador na equipe sub 23 do país, assumiu a seleção principal em 2015, desempenhando desde então um trabalho excepcional a frente da equipe. Sob o comando de Cissé os senegaleses conquistaram o vice campeonato da CAN em 2019, e sagraram-se campeões inéditos do torneio em 2021.

 

Ainda sob a direção de Cissé, Senegal alcançou sua marca histórica na Copa do Mundo de 2022 chegando as quartas de final pela segunda vez em sua terceira participação em mundiais. A primeira vez que isso aconteceu fora em 2002 e, na equipe da época um rosto conhecido, o de Aliou Cissé. Isso mesmo, Cissé alcançou recordes históricos tanto em sua trajetória como jogador, quanto como treinador. Porém, assim como tantos outros futebolistas, a vida do técnico não foi nada fácil.


Voltando um pouco no tempo, o ano era 2002 – um marco para o futebol senegalês, chegando de forma inédita a uma final da CAN, porém, vencida por Camarões. Nesse mesmo ano, dois eventos ainda marcariam a vida pessoal e a carreira profissional de Cissé. Além de chegar à final da CAN, foi também a primeira vez que os senegaleses se classificam para uma Copa do Mundo, alcançando nessa mesma edição do torneio seu melhor desempenho, chegando as quartas de final, marca essa alcançada novamente na última Copa (2022). Contudo, não apenas de festejos é a vida, foi também em 2002 que uma tragédia assolou toda a nação senegalesa. Uma embarcação superlotada afundou rumo a Dacar, capital de Senegal, foram mais de mil mortos. Na tragédia, Cissé infelizmente perdeu 10 parentes. Na época, o então jogador organizou uma partida beneficente entre Senegal e Nigéria como forma de homenagear as vítimas do incidente.

 

Getty Images

Apesar de sua tragédia pessoal, o atleta não se deixou abater, seguiu sua carreira profissional, disputando ainda as próximas sete temporadas, aposentando as chuteiras em 2009 enquanto defendia o Nîmes.


Comandando uma equipe extremamente ofensiva, Cissé é considerado um dos grandes técnicos da atualidade. Além dos títulos conquistados com a seleção senegalesa, o treinador conquistou também prêmios individuais como: o Melhor Treinador do Campeonato Africano das Nações: 2021; e o Treinador do Ano da CAF: 2022. Apesar da jovialidade, Cissé destacou-se entre os melhores técnicos dos últimos anos, firmando-se ainda mais como uma lenda do futebol senegalês e mundial.

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