Racismo e homofobia: os casos que movimentaram o futebol
- Bianca Costa
- 23 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
Na última semana, o futebol nacional e internacional se deparou com diversas situações envolvendo o racismo e a homofobia. Os casos mais recentes envolvem o jogador brasileiro Vini Junior, que atua na Espanha e o cântico da torcida corinthiana no duelo diante do São Paulo - válido pelo Campeonato Brasileiro.
De acordo com o Observatório de Discriminação Racial no Futebol, em 2022 foram registrados 90 situações de racismo - um aumento de 40% em relação as 64 registradas em 2021.
Na quarta-feira (17), data que marca o Dia Mundial contra a LGBTfobia, o coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ, em parceria com a CBF, divulgou um estudo comparativo entre os casos de homofobia de 2021 e 2022.
Segundo o estudo, os casos de homofobia tiveram um aumento de 76% em 2022. Um dos principais desafios é a presença de cânticos e insultos homofobicos durante as partidas. Torcedores e até mesmo jogadores muitas vezes usam linguagem ofensiva e discriminatória para denegrir a orientação sexual de indivíduos.
Um dos recentes casos de homofobia foi registrado no confronto entre Corinthians e São Paulo. O duelo que aconteceu no domingo (14), em Itaquera. Aos 18 minutos do segundo, o árbitro Bruno Arleu de Araújo paralisou a partida, pois os torcedores do Corinthians cantavam:
“Vamos Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar.”
O sistema de som e os telões do estádio emitiram avisos pedindo para parar com os gritos, apesar disto, os torcedores entoaram os gritos e a partida contínuo paralisada até que os torcedores parassem. No mesmo momento, o twitter oficial do Corinthians fez a seguinte postagem e logo em seguida apagou.
O Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), deve julgar esse caso e o Corinthians pode ser punido com multas que podem chegar até 50 mil.
Após o episódio, os clubes brasileiros de futebol, usam as redes sociais para demonstrar apoio a causa, num trecho publicado pelo Cruzeiro, eles falam:
“As músicas e zoeiras começam como brincadeiras, mas se tornam ameaças reais. Homofobia mata, homofobia é crime! Sou Cruzeiro como você, quero torcer com liberdade e respeito.”
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