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O lado lamentável do esporte

O futebol é um dos esportes que mais abraça a diversidade no mundo. Entretanto, é também um dos maiores palcos para ataques racistas, sexistas, xenofóbicos e homofóbicos. Contraditório, porém verdadeiro, a realidade dentro e fora de campo é extremamente cruel com jogadores e corpo técnico.


Um dos casos mais escutados ultimamente é o de Vinícius Jr. Em janeiro, às vésperas do clássico contra o Atlético de Madrid, um boneco com o nome do jogador foi enforcado e pendurado em uma ponte da cidade com uma frase de ódio pichada acima. Outro episódio infeliz envolvendo Vini foi no jogo do Real contra o Mallorca, onde um torcedor proferiu insultos racistas contra o atacante merengue. Felizmente, uma indenização de 4 mil euros (cerca de 22 mil reais) foi exigida pela Comissão Estatal contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte da Espanha, além de a proibição de frequentar estádios por um período específico, mas infelizmente não é assim que essas situações tão recorrentes irão pelo menos diminuir.


No Brasil também não estamos isentos de situações inadmissíveis. Após uma confusão no jogo entre Athletico e Coritiba, o caso foi parar no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, e o juiz responsável pelo caso afirmou que "os técnicos portugueses, que estão trabalhando atualmente no Brasil, parece que estão querendo marcar território", se referindo a António Oliveira, do Coxa, e citando também Abel Ferreira, técnico do Palmeiras. Oliveira pontuou que "não olha as culturas, raças e nacionalidades", e os três clubes postaram notas repudiando as falas do juiz.


Recentemente, um jogador tcheco optou por não esconder mais sua sexualidade e veio a público comentar sobre. Jakub Jankto afirma que, como todos, somente quer viver sua vida em liberdade, sem medos e violência, mas com amor. Ele se afirma homossexual, não querendo mais se esconder. Com passagem em alguns clubes como Udinese, Sampdoria e Getafe, além da seleção de seu país, ele recebeu grande apoio principalmente do Sparta Praga, onde hoje atua. Infelizmente, pelo futebol não ser tão receptivo e os torcedores e jogadores em parte ainda abraçarem muitos preconceitos, não são todos os atletas que tem a coragem de mostrar quem são sem o medo de violências verbais e até mesmo físicas.


Mulheres jogadoras também não recebem o devido valor, mesmo com uma qualidade técnica igual ou superior ao futebol masculino. E os absurdos casos de racismo, assim como quaisquer outros, só vão parar quando as punições forem devidamente severas, a altura do crime que ali está sendo cometido.

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