O adeus a eterna capitã

A decisão do Campeonato Paulista feminino, entre Corinthians e São Paulo, que acontece neste domingo (26), tem um significado a mais para a nação alvinegra. Além da possibilidade de conquistar o quarto título da temporada, o jogo marca a despedida de Grazielle Pinheiro Nascimento dos gramados.

Um adeus doloroso para o coração preto e branco, mas um descanso merecido para a meia brasiliense de 42 anos, que dedicou sua carreira a escrever a história do futebol feminino brasileiro. E que história.

São seis Copas Libertadores da América: Santos (2009 e 2010), Corinthians/Audax (2016) e Corinthians (2019, 2021 e 2023); cinco Campeonatos Brasileiro A1: Corinthians (2018, 2020, 2021, 2022 e 2023); duas Copas do Brasil Feminina: Santos (2009) e Corinthians/Audax (2016); duas Supercopas do Brasil: Corinthians (2022 e 2023); uma Copa da Rainha: Levante - ESP ( 2007); cinco Campeonatos Paulistas: Santos (2010 e 2011) e Corinthians (2019, 2020 e 2021) e uma Copa Paulista: Corinthians (2022).

É, não é a toa que os corintianos repetem que tem muito time por aí que não tem de história, o que a Grazi tem de título.

Multicampeã, Grazi também fez história na Seleção Brasileira. Participando de Copas do Mundo, Olimpíadas e Jogos Pan Americanos, inclusive, estava na equipe que conquistou o ouro histórico nos jogos do Pan do Rio de Janeiro de 2007.

E não é só dentro de campo que a trajetória da capitã alvinegra é gigante. Fora das quatro linhas, Grazi usa sua voz para aumentar o som da luta pela inclusão das mulheres no esporte. Em 2022, recebeu o troféu “Reflexões”, do Bola de Prata da ESPN, por seu lado social.

O adeus é o encerramento de uma carreira brilhante nos gramados. É o fim de mais um capítulo na vida de quem viu a modalidade crescer e se transformar em solo brasileiro. De quem inspirou meninas e mulheres a jogarem bola. E de quem construiu um legado que será eterno. Por isso será para sempre a capitã.