Dia do Futebol: Pepe, o canhão da Vila
- Lívia Abreu
- 6 de jul. de 2024
- 3 min de leitura
Quando se fala de Santos Futebol Clube, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a grandiosidade da equipe, que revolucionou o futebol brasileiro e mundial. Mas quando falamos de ídolo que defenderam o manto alvinegro o primeiro no qual lembramos é o Rei Pelé, o maior jogador de todos os tempos, maior artilheiro do Peixe. Porém, por mais que Pelé se “sobressaísse”, outros grandes jogadores também faziam parte daquele time avassalador, dentre eles José Macia, o Pepe, mais conhecido como “Canhão da Vila”, e que recentemente completou 89 anos.

Assim como toda boa história de jogador do Peixe, Pepe começou nas categorias de base do Santos e defendeu o manto glorioso alvinegro praiano por toda sua carreira. Ao todo foram 405 gols marcados, sendo o segundo maior artilheiro da história do clube e o quarto maior no geral, ficando atrás de Pelé (1091), Roberto dinamite (620) e Zico (500) e 750 partidas jogadas, além de ter conquistado inúmeros títulos, dentre eles, seis vezes o campeonato brasileiro e duas libertadores e dois mundiais. E vale ressaltar um feito único e expressivo, Pepe foi o jogador que mais venceu títulos com a camisa do Santos, foram 27 títulos oficiais, sendo um a mais que Pelé.
Seleção Brasileira: lesões o tiraram das copas mas ainda sim fez história
É claro que um jogador desse nível não ficaria de fora da seleção brasileira, e pela amarelinha, Pepe também fez história. Participou do grupo em 1958 e 1962, infelizmente uma lesão o tirou de fora dos gramados nessa época, porém, em sua carreira, marcou 22 gols pela Seleção e está na lista dos 30 jogadores artilheiros que defenderam a seleção canarinho.
O apelido: Canhão da Vila
O eterno ponta-esquerda do Santos ficou conhecido como “Canhão da Vila” pela força que tinha seu chute com a “canhota”, e além disso era habilidosos e eficaz nas cobranças de falta, que não dava chance para os goleiros adversários.
Dentro e na beira dos gramados
Não foi só dentro de campo que Pepe participou do futebol, ele também atuou na beira dos gramados, como treinador. Em 1969 começou comandando as categorias de base do Santos, e em seguida a equipe principal. Posteriormente foi técnico do Paulista, Atlético Mineiro, São José, Náutico, Inter de Limeira, Al-Sadd, Fortaleza, São Paulo, Boavista, Seleção Peruana, Verdy Kawasaki, Portuguesa, Guarani, Atlético Paranaense, Coritiba, Criciúma, Portuguesa Santista, Al-Ahli e Ponte Preta.
Êxitos que ele relembra com orgulho:
“Trabalhei em países como Arábia e Japão, e tive o privilégio de trabalhar com dois dos maiores jogadores do mundo. Eu fui treinador do Pep Guardiola, que hoje é o maior técnico, considerado o maior do mundo. Ele foi meu jogador na Arábia (no Al-Ahly), e o Abedi Pelé (no Al-Sadd) também. Era outro jogador fantástico, africano, o nome dele era esse mesmo, de tão bem que jogava, ele tinha esse nome que foi dado pelos pais dele. E são lembranças lindas, maravilhosas, de um tempo que eu guardo com muito carinho”, declarou em entrevista.
Sempre que possível Pepe comparece em eventos do Santos e recebe homenagens por sua história.
“Eu continuo no ambiente de alvinegros, em casa feliz, mulher, filhos, seis netos, tive a oportunidade de fazer uma carreira bonita como treinador e consegui títulos… e isso não há dinheiro que pague”. Fica aqui nossa felicitação e gratidão para esse homem incrível, e o “maior artilheiro humano” do Santos, pois como ele mesmo dizia, o “Rei Pelé é de outro planeta".
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