Dia do Futebol: o fenômeno Ronaldo
- Futebol por Elas
- 16 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Um menino humilde, carioca. Um sonho: ser jogador de futebol. Qual treinador poderia imaginar, ou que colega de campo acharia que aquele novo rapaz seria “campeão do mundo” e teria status de “fenômeno”? Hoje o texto é dedicado a ele: Ronaldo Luís Nazário de Lima “O fenômeno”. Nascido em 22 de setembro de 1976 , no Rio de Janeiro, RJ.
Ronaldo começou sua vida futebolística jogando futsal no Valqueire Tênis Clube e em seguida no Social Ramos Clube, ambos do Rio de Janeiro. Contudo, logo cedo passou para o futebol no clube São Cristóvão.
A carreira profissional de Ronaldinho começou no Cruzeiro; seu passe no mercado aos 14 anos, já valia 7.500 dólares, comprado pelos empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta. Naquele momento Flamengo, Botafogo e São Paulo poderiam ter tal promessa com eles, mas “perderam” as oportunidades. Até que Jaizinho, comprou seu passe no São Cristóvão por 10 mil dólares, e o futuro grande atacante estava no Cruzeiro.
Aos 16 anos, R9, era um jogador profissional. Seu primeiro gol profissional foi marcado em amistoso contra a equipe portuguesa d'Os Belenenses, cuja torcida o aplaudiu de pé ao fim da partida.
Ronaldo só crescia, só brilhava. 12 gols para 14 partidas no Cruzeiro. Goleadas. Artilharias. Convite para a seleção sub-17. Exatamente! Aos 16 anos, o rapaz já tinha o passe avaliado em 500 mil dólares, foi artilheiro da Libertadores e no ano seguinte, em 94, artilheiro do campeonato Mineiro. Ao sair do Brasil ele deixou a marca de 44 gols em 46 partidas.
Carreira internacional
A união entre os pés do Luis Nazário com a bola de futebol parecia cada vez mais perfeita! Por 6 milhões de dólares ele saiu do Brasil e passou a brilhar em outros cantos, foi para o PSV Eindhoven, dos Países Baixos. As médias de gol não caiam, no time internacional foram 54 gols em 57 partidas no total.
O primeiro susto com o joelho chegou. Um problema de inflamação o levou a uma cirurgia, a recuperação iria ser lenta, mas em pouco tempo ele voltou a jogar. Por conta deste problema, esteve no banco do PSV. Nada que o parasse.
Rumo a Espanha
As cifras não paravam de crescer, Ronaldo não parava de brilhar. O futebol e ele se amavam, se conheciam, se desejavam.
Dezessete gols em vinte partidas. Primeira marca de Ronaldinho no Barça. 20 milhões bem pagos; em seguida a artilharia do campeonato Espanhol era dele, a Copa do Rei e a Recopa Europeia também. Os anos de 96 e 97 na Espanha, fora todo o retrospecto só fizeram aumentar o desejo da Internazionale de Milão. 32 milhões de dólares de multa rescisória, vontade e talento: Ronaldinho estava na Itália. Após 7 anos de jejum, a Inter, tendo Ronaldinho como camisa 10, voltou a ganhar o campeonato nacional.
Melhor do mundo pela FIFA nos mesmos anos de 96 e 97, nada parecia parar “O Fenômeno”. Porém as graves lesões começaram a aparecer, o que qualquer jogador teme, passou acontecer. Entre 98/99 tem problemas de tendinite, sem contar com o péssimo rendimento na Copa do Mundo de 98. Então, ainda na Inter, lesionou o joelho. 5 meses afastado dos campos.
Depois do período de recuperação, o atacante não estava a cem por cento, voltou para recuperação, mais 15 meses afastado. Por sorte, chegou a Copa do Mundo de 2002, Brasil pentacampeão. Ronaldo e seu corte de cabelo singular levou o mundo a loucura mais uma vez, e novamente todos estavam de bem com a amarelinha. E pela terceira vez, já 2002, ele era o melhor do mundo.
Passagem pelo Real Madrid e Milan também compõe o currículo desta lenda. Os números já não eram iguais aos de antes, mas a arte de jogar bola nunca saiu dele. Fez bom trabalho em ambos os clubes até que mais uma vez seu joelho o atrapalhou. Quando estava no Milan, ao dar um salto, no jogo contra o Livorno, em 2008, lesionou o joelho, o que fez que deixasse o campo chorando muito e tendo que ficar parado por um bom tempo.
Volta ao Brasil e aposentadoria
O desejo expresso por Ronaldo, ao voltar para o Brasil, era defender o Flamengo, seu time de coração. Mas um grande rival, Corinthians, entrou na briga. Parecia que o atacante seria do time carioca e o time paulista não deveria sonhar com isso, mas tudo mudou: em 2009 o time paulista com a ajuda de Ronaldo foi campeão do Paulistão e da Copa Brasil.
O Fenômeno ainda era um diferencial, ainda brilhava em campo, gols lindos, mas o ciclo ia findando. Problemas com a tireoide, os velhos problemas com os joelhos, tudo contribuía para que a carreira de um dos mais brilhantes jogadores de todos os tempos fosse terminando. Em 2011 chegava a despedida.
“Depois de mais uma lesão, eu refleti muito em casa e decidi que era o momento. Que não ia esperar mais e tinha realmente dado o máximo que eu nunca imaginei que poderia chegar. É muito duro abandonar o que te deixa feliz, tem tanto amor e poderia seguir porque mentalmente e psicologicamente ainda quero muito. Mas também tenho que assumir algumas derrotas. Eu perdi para o meu corpo” Ronaldo, o fenômeno.
Copas do Mundo

94, 98, 02, 06. Quatro Copas do Mundo. Duas vezes campeão do mundo. Maior artilheiro em copas, sendo ultrapassado só agora, em 2014, por Miroslav Klose, que fez 16 gols, contra os 15 de Ronaldo.
94 foi o início de tudo, ainda muito novo, ainda muitas coisas pela frente. 98 foram crises, polêmicas, dramas. 06 já não havia o mesmo pique que antes. Mas 02, Copa de 2002, lá no continente asiático, a seleção vinha de uma péssima temporada, totalmente desacreditada, e R9 foi, chegou, brilhou, ganhou! Sem dúvidas seu melhor momento em copas do mundo.
Verdadeiramente uma lenda! Um jogador em potencial. Dava gosto vê-lo jogar, ou simplesmente saber que ele estaria em campo. Temido pelos rivais, amado por todos. Polêmico em sua vida pessoal. Um exemplo a ser admirado enquanto esportista. Obrigada, nosso Fenômeno, obrigada por fazer o futebol ainda mais bonito.los rivais, amado por todos. Polêmico em sua vida pessoal. Um exemplo a ser admirado enquanto esportista. Obrigada, nosso Fenômeno, obrigada por fazer o futebol ainda mais bonito.
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