Dia do Futebol: da Ilha do Governador à glória
- Bruna Rodrigues
- 7 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Nascido e criado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, Nilton Santos é um dos maiores ídolos do Botafogo. Mesmo tendo jogado apenas no clube de General Severiano e pela Seleção Brasileira, o ex-lateral-esquerdo escreveu seu nome nas páginas eternas do futebol mundial. E olha que ele nem queria ser um lateral. Habilidoso desde a juventude, o sonho do carioca era ser atacante. Goleador, daqueles que driblam, fazem finta e deixam o adversário embasbacado. Mas foi do então técnico do Botafogo, Zezé Moreira, a decisão de colocar o garoto na defesa.
Nilton Santos chegou ao alvinegro aos 23 anos, em 1948, e de lá não saiu mais. Era ele o brilho que faltava na Estrela Solitária. Com o lateral em campo, o Fogão venceu o Campeonato Carioca naquele mesmo ano, após mais de 10 anos sem levantar uma taça. E esse não foi o único título que o jogador conquistou pelo clube. Com Nilton Santos, o Botafogo conquistou outros três Campeonatos Cariocas (em 1957, 1961 e 62) e vários torneios internacionais, como o Torneio Internacional de Paris em 63.

O lateral era conhecido como “Enciclopédia do Futebol” por todo o seu conhecimento teórico e prático do esporte, pra rival nenhum colocar defeito. Poucos sabem, mas foi Nilton Santos que revolucionou a função de sua posição. Em sua época, um lateral fazer qualquer coisa que não fosse referente ao setor defensivo era impensável. Diferenciado, o jogador era competente não só em sua função, como também avançando e atacando. Não foi à toa que encerrou sua carreira com 11 gols pelo Botafogo e três pela Seleção Brasileira.
E se engana quem pensa que foi só no Glorioso que Nilton Santos fez sucesso. O jogador participou de quatro Copas do Mundo, sendo titular absoluto em três e campeão em duas; a Copa da Suécia, em 58, e a Copa do Chile, em 62. Essas foram as únicas ocasiões em que ele vestiu outra camisa que não a do Botafogo. A lealdade ao clube que o revelou ao mundo arrebata o coração de qualquer alvinegro até hoje. Não é à toa que, como a maior homenagem de todas, seu nome foi imortalizado na casa do Botafogo, o Engenhão, hoje Estádio Olímpico Nilton Santos.
Considerado pela FIFA em 2000 como o maior lateral-esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos deixou a vida rumo à imortalidade na história em 2013. Deixou também praticamente órfã a torcida botafoguense, mas com toda certeza, honrados por ele ter compartilhado a sua história com a história do Glorioso.
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