top of page

Da magia ao campo

Manter uma rotina de treinamentos específicos, viajar, estudar táticas, alimentação e dieta equilibrada, essas e outras obrigações fazem parte da vida de um atleta. Porém, costumes e superstições fazem parte da vontade de querer controlar o que não pode ser controlado. E é aí que as crenças, rituais e superstições entram em campo.


O futebol mexe muito com o imaginário, e as superstições são dos mais diferentes tipos e intensidade. Paixão nacional, o futebol é visto como uma modalidade que permeia entre técnicas e o sobrenatural: o fator “sorte” sempre conta na hora de uma partida. As superstições vão de rituais a amuletos, uma série repetitiva de ações, peças de roupas específicas.


Antes, durante ou até depois: ir ao estádio com a camisa certa, repetir mantras em horas de “perigo de gol adversário” ou fazer a oração para Santa de devoção fazem toda a diferença no resultado. Engana-se quem acha que isso é com os torcedores. Técnicos, presidentes, jogadores e família também têm seus rituais de sorte para a hora de um jogo. Vamos conhecer algumas dessas “mandingas” que acontecem no mundo do futebol.


Mário Jorge Lobo Zagallo, Zagallo, técnico tetra campeão e campeão das copas de 1958 e 1962 como jogador, sempre teve uma relação de sorte com o número 13. Ele sempre tentava fazer uma ligação entre a partida e o número. O que muitos desconhecem é que essa conexão começou com sua esposa, Alcina de Castro Zagallo. Alcina era devota de Santo Antônio e gostava do número 13.


Ao ser campeão em 58, logo fez a relação: 5+8=13. Ao ser auxiliar técnico em 94: 9+4= 13, quando Baggio perdeu o famoso pênalti que rendeu a Copa do Mundo. Até as letras de uma marca que o patrocinava somava a quantia mágica do Zagallo. Tite até tentou surfar na onda no “Velho Lobo”, mas os resultados foram diferentes.


Outro ritual bem peculiar foi na Copa do Mundo de 1998. Antes de cada partida, Laurent Blanc, zagueiro da França, beijava a careca do goleiro Fabien Barthez e assim a seleção derrotou o Brasil na final. O ritual fez tanto sucesso que a dupla continuou fazendo a mesma coisa no Manchester United.


John Terry, um dos maiores zagueiros do futebol inglês, costuma se sentar no mesmo lugar do ônibus, escutar as mesmas músicas e estacionar o carro na mesma vaga. Eleito melhor do mundo cinco vezes, Cristiano Ronaldo tem o hábito de cortar o cabelo antes dos jogos. Em jogos pela seleção de Portugal, ele é o primeiro a entrar em campo.


Já Kolo Touré, da Costa do Marfim, tem que ser o último jogador a entrar em campo. Esse ritual é tão sério que certa vez ele perdeu o começo do segundo tempo de uma partida da Liga dos Campeões porque um colega de time ainda não havia pisado em campo. Iker Casillas, conhecido com um dos mais supersticiosos, por muitos anos vestiu seus meiões ao contrário durante as partidas, mas acabou desistindo do hábito. Contudo, ele toca o travessão quando seu time faz um gol.


Messi usa o mesmo par de caneleiras e sempre toca o gramado antes de entrar. Neymar amarra os cadarços de forma peculiar e sempre da mesma forma, porque a superstição funcionava muito bem com o Rei Pelé. Além dos cadarços, Pelé pisava com o pé direito na bola antes do jogo começar. Maradona costumava usar colares da sorte e beijar a pulseira antes do apito inicial. Beckham usava a camisa 7 e chuteiras novas. Ronaldo Fenômeno tinha um amuleto que usava embaixo de seu uniforme e fazia embaixadinhas pelo campo.


Assim como tudo na vida, o esporte está em constante evolução e mudança, e para isso é necessário jogar com o corpo e a mente. Dessa forma, a superstição e as crenças são parte psicologicamente fundamentais para resultados positivos. Mesmo que não controlem de fato interferências exteriores, mantém os jogadores e torcedores focados no objetivo comum: VITÓRIA.

Commentaires


Futebol por Elas

  • Instagram
  • Facebook
  • X
  • LinkedIn
  • YouTube

©2024 por Futebol por Elas. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page