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Copa do Mundo: o Mundial de Benito Mussolini em 1934

"Futebol e política não se misturam" é uma das frases que não deve ser aplicada quando se trata da Copa do Mundo. Em muitos episódios a política usou o futebol em seu próprio benefício, e um destes momentos aconteceu no Mundial de 1934, quando o ditador fascista Benito Mussolini usou a sua influência política para que a Itália fosse o país sede e o grande campeão da competição. A iniciativa de Mussolini foi uma resposta ao ditador austríaco Adolf Hitler que garantiu que a Alemanha fosse sede das Olímpiadas de 1936.


Com a desistência da Suécia dois anos antes do Mundial de 34, em 1932 Mussolini garantiu que para a realização da competição em solo italiano o dinheiro não seria o problema. Para a Copa do Mundo, cinco estádios passaram por reformas e mais três foram construídos (em Nápoles, Trieste e Turim) - conforme o site da Fifa, oito estádios foram utilizados.


Competição agrada os europeus

Fervorosos com a realização da Copa do Mundo na Europa, diversas seleções filiadas a Fifa demonstraram interesse em participar da segunda edição. Com o interesse de 34 filiados, as eliminatórias foram realizadas pela primeira vez, incluindo a participação da Itália - essa foi a primeira e a única vez que o país sede precisou participar da fase inicial.


Uma das curiosidades da edição da Copa do Mundo foi a não participação do Uruguai - campeão em 1930, que se ausentou como uma forma de protesto, justamente pelo fato de que diversas seleções se negaram a disputar a competição.


Ameaça de morte e dois meses de concentração

Tendo o ciclismo como esporte favorito dos italianos, o fascista Benito Mussolini foi o responsável pela popularização do futebol no país. Apesar disto, a história da Copa do Mundo de 1934 ainda relata "discretas" ameaças de morte aos jogadores - obrigando o então técnico Vittorio Pozzo a antecipar a concentração dois meses antes.


Os indícios de participação de Mussolini nos resultados de jogos também é relatado nesta edição. Além da realização de manobras para que a Itália pudesse chegar a final, o suborno era frequente - e em uma das partidas ficou evidente. O confronto entre Itália e Espanha aconteceu pelas quartas de final e ficou conhecido como “A Batalha de Florença”. Ao longo da partida, sete jogadores espanhóis se lesionaram. Além da brutalidade, os anfitriões tiveram um gol irregular confirmado pelo árbitro belga. Com o empate em 1 a 1, as duas seleções voltaram a se enfrentar no dia seguinte em um jogo de desempate. E, novamente, a arbitragem voltou a ser polêmica e os espanhóis tiveram dois gols legítimos anulados e os italianos voltaram a ter um gol irregular de Giuseppe Meazza confirmado.


Já na semifinal, mais uma vitória por 1 a 0 - desta vez diante da Áustria.


O alívio do título conquistado

Itália e Tchecoslováquia disputaram a final da segunda edição da Copa do Mundo em 10 de junho. O palco da conquista foi o estádio Nazionale de PNF em Roma e, aproximadamente, 55 mil torcedores assistiram ao gol de Puc a favor dos tchecos aos 31 minutos do 2º tempo.


A tensão italiana permaneceu até os 37 minutos, quando Orsi empatou e levou a partida para a prorrogação. O alívio italiano veio aos 7 minutos do primeiro tempo da prorrogação, quando Schiavio marcou o gol da virada. Apesar da pressão tcheca, os italianos conseguiram segurar o resultado, para alívio dos jogadores italianos.


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