Copa do Mundo: a última dança de Messi e o tricampeonato da Argentina em 2022

Dribles desconcertantes e genialidade em campo. A última Copa disputada por Lionel Messi teve um final feliz: a tão sonhada taça foi conquistada com recordes históricos - além do seu milésimo jogo, o camisa 10 se igualou a Pelé, marcando o seu 12º gol sendo o 5º maior artilheiro da Copa do Mundo. Foram cinco edições disputadas, sendo eleito o melhor jogador na edição de 2014 e 2022.

A geração que torceu e vibrou com o título conquistado por Messi, assistiu a uma das finais mais emocionantes da Copa do Mundo.

O caminho até o título

O caminho do tricampeonato começou no grupo C - ao lado de Polônia, México e Arábia Saudita. Favorita na Copa do Mundo, a estreia hermana foi amarga e com uma derrota por 2 a 1 diante dos árabes - Messi abriu o placar, enquanto Salem Al-Dawsari e Al-Shehri decretaram a vitória. No duelo contra o México, válido pela segunda rodada, a conquista dos três pontos era obrigação para manter o sonho da classificação. Em campo, Messi e Enzo Fernández comandaram a vitória. No último jogo da fase de grupos, mais uma vitória por 2 a o, desta vez, diante da Polônia - com gols marcados por Julián Álvarez e Marc Allister.

O milésimo jogo na carreira de Lionel Messi aconteceu no confronto diante da Austrália nas oitavas de final. Novamente, o torcedor precisou sofrer antes de comemorar o resultado positivo. A Argentina abriu o placar com Messi e Julián Álvarez ampliou. Os australianos empataram em um gol contra marcado por Enzo. A Austrália buscou o empate até o fim, mas os argentinos souberam se defender e garantiram a vitória por 2 a 1.

O coração dos torcedores argentinos sofreu nas quartas de final. Em um duelo diante da gigante Holanda, a Argentina abriu a vantagem em 2 a 0, porém, vacilou e viu a decisão ser levada à prorrogação após o time comandado por Louis van Gaal buscar o empate. Se a rede não balançou nos 30 minutos de prorrogação, nas penalidades e com brilhante atuação do goleiro Emiliano Martínez, a Argentina manteve o sonho do tri.

O sonho de um confronto entre Argentina x Brasil não se tornou realidade. Mas em campo, a genialidade de Lionel Messi e a nova promessa: Julián Álvarez que marcou dois dos três gols. A Argentina venceu a Croácia por 3 a 0 e está na final da Copa do Mundo.

18 de dezembro de 2022, estádio de Lusail. Argentina e França disputam a taça mais cobiçada do futebol. De um lado Messi e Di María. Do outro: Mbappé e Giroud. Em campo, um duelo movimentado e com pressão imposta pela Argentina no primeiro tempo. Resultado? Aos 20 minutos a arbitragem marcou pênalti para os argentinos. Messi bateu com categoria e abriu o placar. Aos 35 minutos, uma aula de contra-ataque. Em jogada iniciada por Mac Allister, Messi encontrou Julián Álvarez que, em profundidade e nas costas da zaga devolveu para Mac Allister que encorou Di María. O camisa 11 bateu na saída do goleiro e correu para o abraço.

Se o primeiro tempo foi da Argentina, o segundo foi da França. Na sua primeira finalização, aos 25 minutos, Mbappé desperdiçou. A torcida vibrou aos 34 minutos, quando o árbitro marcou o pênalti. Mbappé cobrou com categoria e descontou. Nas arquibancadas, os torcedores ainda estavam comemorando quando houve uma nova explosão: Mbappé voltou a estufar as redes de Martínez.

Tal qual como uma fênix, a França ressurgiu na partida, pressionando e obrigando Martínez a defender o chute de Rabiot. A Argentina queria liquidar a partida e evitar a prorrogação, aos 51 minutos, Messi arriscou de fora da área, na defesa de Lloris veio a prorrogação.

Do choro a apreensão

A Argentina viu o filme se repetir: a vantagem conquistada já não se valia de mais nada. Os jogadores precisaram ir à prorrogação com o pensamento de um placar zerado e recomeçar, da mesma maneira que se fez diante da Holanda.

Com um primeiro tempo de oportunidade para ambos os lados, o grito de alívio veio na segunda etapa. Aos 3 minutos, Enzo encontrou Lautaro - o atacante tentou o chute e parou nas mãos de Lloris. Bem posicionado, Messi aproveitou o rebote e marcou o seu segundo gol na partida. A Argentina estava novamente com a vantagem.

O final parecia estar se encaminhando para a felicidade. Mas aos 12 minutos da prorrogação, o camisa 10 francês voltou a aparecer e marcando um hat-trick: Mbappé.

Com o empate em 3 a 3 as temidas penalidades. E debaixo das traves duas muralhas: Hugo Lloris e Emiliano Martínez - apenas um poderia marcar o seu nome na história da Copa do Mundo.

A Argentina converteu com Messi, Dybala, Paredes e Montiel balançaram as redes. Enquanto para os franceses Mbappé e Kolo Muani marcaram - já Coman parou em Martínez e Tchouaméni mandou para fora.

A última dança foi do jeito que os torcedores desejaram: com um final feliz para Lionel Messi e uma geração de torcedores que sonhou