Copa do Mundo: a redenção espanhola em 2010
- Kaliandra Alves Dias
- 16 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
"O que vale a pena possuir, vale a pena esperar". A frase de Edith Stein pode resumir os 76 anos de espera até a Espanha conquistar a tão sonhada taça da Copa do Mundo em Johannesburgo. Para conquistar o título inédito, a seleção espanhola viveu momentos emocionantes e de muita expectativa.
Com a participação de 32 seleções, a Espanha deu o pontapé inicial no grupo H ao lado de Chile, Honduras e Suíça. Na estreia diante da Suíça, a seleção espanhola se impôs, mas acabou sendo derrotada por 1 a 0 - Gelson Fernandes marcou o único gol da partida.
A derrota surpreendeu o mundo do futebol, afinal de contas, os espanhóis eram favoritos ao título. Com o famoso estilo de jogo "tiki-taka", a seleção havia conquistado a Eurocopa em 2008 e a Copa do Mundo seria a continuidade de uma filosofia que estava conquistando os torcedores.
O recomeço espanhol veio com uma vitória diante de Honduras por 2 a 0 - com David Villa balançando as redes duas vezes. No último jogo da fase de grupos, mais uma conquista, desta vez por 2 a 1 diante do Chile - Villa e Iniesta marcaram a favor dos espanhóis e Rodrigo Millar para os chilenos. Com o resultado, a Espanha avançou às oitavas de final e o adversário da vez seria Portugal.
No único confronto das seleções em uma Copa do Mundo, a seleção comandada por Vicente Del Bosque garantiu a classificação aos 17 minutos do 2º tempo com mais um gol de David Villa. Se a estrela de Villa brilhava ao longo da competição, no duelo diante do Paraguai nas quartas de final, o goleiro Iker Casillas mostrou o motivo de ser titular e garantiu que a Espanha pudesse chegar a semifinal, mesmo depois do gol marcado pelo artilheiro David Villa.
A semifinal foi marcada pelo reencontro emblemático de Espanha e Alemanha. Em campo, os alemães buscavam por "vingança" - já que haviam perdido a taça da Euro 2008 justamente para os espanhóis. Se Iker trazia segurança com as defesas realizadas, um defensor foi o responsável por fazer a festa da torcida nas arquibancadas do estádio Moses Mavhida. Aos 27 minutos do 2º tempo, Xavi cobrou o escanteio. Bem posicionado na grande área, Puyol subiu mais alto que a marcação e em um cabeceio mortal balançou as redes do goleiro Manoel Neuer. Era o gol que decretava: a Espanha disputava a sua primeira final em uma Copa do Mundo.
Povo Paul previu: Espanha seria campeã
Se nas arquibancadas a vuvuzela era destaque, fora dos estádios um personagem chamou a atenção: povo Paul. O "vidente" da Copa do Mundo de 2010 já havia previsto outros resultados e acertado, por isso, o mundo inteiro ficou na expectativa de qual lado o molusco iria ficar: Espanha x Holanda. A previsão de Paul aconteceu dois dias antes da bola rolar.

11 de julho de 2010, estádio Soccer City. Mais de 84 mil torcedores assistiram a um intenso confronto entre Espanha x Holanda. Ambas as seleções buscavam o título inédito na competição. O primeiro e segundo tempo foram marcados pelas excelentes oportunidades de gol e pela defesas emblemáticas de Iker Casillas.
Com o empate sem gols, a decisão foi para a prorrogação. A apreensão foi tomando conta dos torcedores até que, aos 116 minutos, Jesus Navas e encontrou Fabregas que cruzou para Iniesta. Em um chute cruzado, Iniesta balançou as redes. Era o gol do título. O gol que dava a Espanha o título inédito na Copa do Mundo de 2010.
Comments