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Champions League: Real Madrid, os Reis da Europa em 1960

O Real Madrid conquistou a quinta Taça dos Campeões consecutiva ao derrotar o clube alemão Eintracht Frankfurt por 7 a 3. A goleada fez história mais uma vez para os merengues, coroando-os como os melhores da Europa.


A competição teve início no dia 26 de agosto de 1959, com a participação de 27 clubes. Desta vez, o time merengue contava com seu ex-jogador Miguel Muñoz, que comandava a equipe. Muñoz, que já havia conquistado a Taça dos Campeões três vezes como jogador, se tornou, naquele ano, o primeiro a vencer o título também como treinador. Essa edição marcou também a estreia do Barcelona, que se classificou como campeão do Campeonato Espanhol.


O Real Madrid iniciou sua trajetória na primeira fase contra o Jeunesse Esch, de Luxemburgo. No primeiro jogo, a vitória foi por 7 a 0, com um hat-trick de Puskás, dois gols de Herrera, e gols de Di Stéfano (1) e Mateos (1). No jogo de volta, os merengues venceram por 5 a 2, com gols de Vidal (1), Mateos (2), Di Stéfano (1) e Puskás (1). Pelo Jeunesse, marcaram Theis e Schaack.


Nas quartas de final, o Real Madrid enfrentou o Nice, da França. No primeiro jogo, perdeu por 3 a 2, com gols de Herrera e Rial para os merengues, e Nurenberg (3) para o Nice, sendo que o empate foi alcançado aos 67 minutos, com um gol de pênalti, e a virada veio aos 72 minutos. No jogo de volta, o Real Madrid venceu por 4 a 0, com gols de Pepillo (1), Gento (1), Di Stéfano (1) e Puskás (1), garantindo a classificação para a próxima fase.


Primeiro clássico entre Real Madrid e Barcelona

Na semifinal, houve o primeiro clássico espanhol entre Real Madrid e Barcelona. No jogo no Santiago Bernabéu, os merengues venceram por 3 a 1, com gols de Di Stéfano (2) e Puskás (1), enquanto o Barcelona marcou com Martínez (1). No jogo de volta, no Camp Nou, o placar foi o mesmo, 3 a 1, com Puskás (2) e Gentil (1) marcando para o Real Madrid, e Kocsis (1) para o Barcelona. Após vencer nos dois jogos contra seu maior rival da Espanha, os merengues se classificaram para a quinta final consecutiva da Taça dos Campeões.


O pedido de desculpas de Puskás

Após a polêmica envolvendo os alemães e os húngaros após a Copa do Mundo de 1954, que terminou com a vitória da Alemanha por 3 a 2, em uma virada histórica conhecida como "O Milagre de Berna", jogadores húngaros, incluindo Puskás, acusaram os alemães de uso de doping. Por conta disso, a Federação Alemã proibiu que equipes jogassem contra Puskás. Para que a final da quinta edição da Taça dos Campeões acontecesse, Puskás teve que escrever uma carta de esclarecimento sobre o episódio. Só após esse gesto a final foi autorizada.


O primeiro gol de Di Stéfano

A final foi disputada no Estádio Hampden Park, em Glasgow, no dia 18 de maio de 1960. Aos 18 minutos, Kress abriu o placar para o Frankfurt. Porém, após um passe de Canário (jogador brasileiro naturalizado espanhol), que recebeu pela direita e cruzou para Di Stéfano na segunda trave, o placar foi igualado para o Real Madrid, 1 a 1. Aos 30 minutos, o goleiro do Frankfurt deu rebote e Di Stéfano, atento, chutou para o gol, virando o jogo para 2 a 1. Ainda no primeiro tempo, Puskás fez o terceiro gol com um chute forte de fora da pequena área, colocando o Real Madrid à frente por 3 a 1.


Logo no início do segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti para os merengues, e Puskás fez o seu segundo gol na partida, ampliando para 4 a 1. Aos 60 minutos, Gento ganhou na corrida de um jogador do Frankfurt e cruzou para dentro da área. A bola encontrou Puskás, que fez seu terceiro gol de cabeça, colocando o Real Madrid com 5 a 1 no placar. O time merengue parecia se divertir em campo, dominando a partida.


O passeio da dupla lendária

Aos 71 minutos, Puskás fez seu quarto gol no jogo com um belo chute colocado no canto superior do gol, impossível para o goleiro Loy defender. O placar já mostrava 6 a 1. Logo depois, em uma disputa na entrada da grande área, Stein conseguiu espaço e diminuiu para o Frankfurt, 6 a 2. No entanto, o gol dos alemães não foi suficiente para desenhar uma reação, e logo Di Stéfano fez mais um gol de fora da área, ampliando para 7 a 2. Stein ainda fez um gol para o Frankfurt, mas já era tarde para evitar a vitória do Real Madrid. O árbitro apitou o fim do jogo, e a goleada por 7 a 3 representou a soberania do time merengue, que se consagrou campeão mais uma vez.


Ainda naquele ano, 1960, foi criada a Copa Intercontinental, uma disputa entre o campeão da Libertadores e o campeão da Taça dos Campeões, decidindo quem seria o "Rei dos Reis". O Real Madrid enfrentou o Peñarol, do Uruguai, e venceu, consagrando-se o campeão dos campeões.


escrito por: Giselly Horta

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