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Champions League: Nottingham Forest, da zebra à glória em 1979

A Taça dos Campeões da temporada 1978-1979 foi repleta de surpresas, e nenhuma foi maior do que a trajetória do Nottingham Forest. Em sua estreia na principal competição europeia, o modesto clube inglês, recém promovido à elite e sem grandes estrelas no elenco, chocou o continente ao levantar a taça, deixando pelo caminho gigantes como o bicampeão Liverpool.


Tudo começou com a chegada do técnico Brian Clough. Contratado após um trabalho vitorioso no Derby County, rival direto do Forest, Clough enfrentou desconfiança inicial da torcida. No entanto, sua liderança transformou o destino do clube. Em 1977-78, no primeiro ano de volta à Primeira Divisão, o Nottingham não apenas evitou o rebaixamento como conquistou o Campeonato Inglês, garantindo vaga inédita na Taça dos Campeões.


O que parecia ser apenas uma participação simbólica se tornou um conto de fadas futebolístico. Logo na primeira fase, o Nottingham enfrentou o Liverpool, atual bicampeão europeu, e o eliminou, provando que não estava ali só para participar. A campanha ganhava forma, e o time começava a acreditar em algo maior.


Na segunda fase, os ingleses passaram com tranquilidade pelo AEK da Grécia, com vitórias por 2 a 1 e 5 a 1. Nas quartas, despacharam o Grasshoppers da Suíça após um sonoro 4 a 1 na ida e um empate por 1 a 1 na volta. A semifinal reservava o desafio contra o Colônia. Um empate eletrizante por 3 a 3 na Alemanha e uma vitória por 1 a 0 em casa colocaram o Nottingham Forest na final da Taça dos Campeões da Europa.


Antes da decisão, o técnico Clough convenceu a diretoria a fazer história no mercado: contratou o atacante Trevor Francis, do Birmingham City, pela então inédita cifra de 1 milhão de libras — a primeira transferência desse valor no futebol britânico. Por regulamento da UEFA, Francis não pôde atuar imediatamente e só teve autorização para entrar em campo justamente na final.


A decisão, realizada no Olympiastadion, em Munique, foi contra o Malmö, da Suécia — uma final improvável, entre dois clubes fora do tradicional eixo europeu. O público foi modesto, mas a história que se desenrolou ali seria grandiosa. Trevor Francis, estreando na competição, marcou o único gol do jogo e garantiu o título para o Nottingham Forest.


Invicto, com uma campanha marcada por superações e feitos históricos, o Nottingham Forest se consagrava campeão europeu em sua primeira participação. O que restava agora era a pergunta que pairava sobre a Europa: teria o clube iniciado uma nova era ou seria apenas uma história de conto de fadas, escrita em uma temporada mágica?

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