Champions League: Benfica conquista título histórico em 1961, sem a presença do Real Madrid
- Kaliandra Alves Dias
- 16 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
A Taça dos Campeões de 1960-61 foi inesquecível. Além de consagrar um campeão inédito, a edição contou, pela primeira vez, com a ausência do Real Madrid — que, na época, era o maior vencedor, com cinco títulos conquistados.
A trajetória do Benfica, vencedor daquela temporada, começou ainda na fase preliminar contra o Hearts, da Escócia. No primeiro jogo, realizado no estádio Tynecastle Park, os portugueses venceram por 2 a 1. Águas e José Augusto marcaram para o Benfica, enquanto Young fez o gol dos donos da casa. No duelo de volta, mais uma vitória, desta vez por 3 a 0, com gols de Águas (2) e novamente José Augusto.
Com a classificação para a primeira fase da Taça dos Campeões, os portugueses enfrentaram o Újpest, da Hungria. Com o apoio da torcida, os Encarnados golearam os húngaros por 6 a 2. Cavém, Águas (2), José Augusto (2) e Santana marcaram os gols do Benfica, enquanto Göröcs e Szusza balançaram as redes a favor do Újpest. No jogo de volta, as Águias foram derrotadas por 2 a 1, com Santana fazendo o único gol português.
A derrota não abalou o Benfica, que nas quartas de final enfrentou o Aarhus Gymnastik Forening (AGF), da Dinamarca. Com o apoio de mais de 60 mil torcedores, os benfiquistas venceram os dinamarqueses por 3 a 1, com gols de Águas (2) e José Augusto. Com a classificação praticamente garantida, o time comandado por Bela Guttmann não tirou o "pé" do acelerador e, no jogo de volta, aplicou outra goleada, desta vez por 4 a 1. Destaque para os autores dos gols: José Augusto (2), Águas e Santana.
Com apenas uma derrota ao longo da competição, os olhos se voltaram para o Benfica, que pela primeira vez chegava à semifinal da Taça dos Campeões. Além de ter um dos melhores ataques do torneio, Guttmann tinha o desafio de buscar o título inédito e levar o Benfica a um Mundial de Clubes.
A tarefa não seria fácil, ainda mais contra um adversário como o Rapid Wien, que também estava embalado na competição. O primeiro encontro entre as duas equipes aconteceu no estádio da Luz. Comandados por Coluna, Águas e Cavém, os portugueses saíram vitoriosos. A vitória já encaminhava a classificação para a tão sonhada final e, no jogo de volta, o empate em 1 a 1 confirmou: o Benfica estava na final da Taça dos Campeões.
No dia 31 de maio de 1961, o estádio Wankdorf, em Berna, na Suíça, seria o palco da final entre Benfica e Barcelona. Esta seria a primeira final em cinco anos sem a presença do maior campeão, o Real Madrid, que foi eliminado pelo Barça ainda na fase preliminar da competição.
Em campo, os espanhóis comemoraram o gol marcado por Kocsis, ainda no primeiro tempo. O empate do Benfica não demorou a acontecer, e Águas voltou a dar esperanças ao time. A virada a favor dos portugueses veio um minuto depois, com um gol contra do goleiro Antoni Ramallets.
Os culés pressionaram em busca do gol de empate, mas tiveram que ver a comemoração de Mário Coluna, que balançou as redes e ampliou a vantagem portuguesa. Os espanhóis descontaram com Czibor, mas o gol não impediu a festa do Benfica em solo suíço.
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