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Champions League: a virada imortal do United em 1999

O histórico Camp Nou, em Barcelona, já havia sido palco de inúmeros jogos memoráveis. Mas na noite de 26 de maio de 1999, ele testemunhou um verdadeiro milagre esportivo, uma final de Champions League que transformou jogadores em lendas e eternizou o Manchester United como um dos clubes mais emblemáticos da história do futebol.


Com uma virada improvável por 2 a 1 sobre o Bayern de Munique, os Red Devils conquistaram a tão sonhada tríplice coroa: Premier League, FA Cup e Champions League. Um feito inédito, e até hoje único, para um clube inglês.


Sir Alex Ferguson: a mente por trás da magia

Antes de falarmos do time que encantou o mundo, é essencial falar do maestro: Sir Alex Ferguson. Escocês, ex-jogador e treinador, Ferguson se tornaria o técnico mais vitorioso da história do futebol, com 50 títulos conquistados, sendo 38 pelo United. Em 1999, além da tríplice coroa, recebeu o título de “Sir” da Rainha Elizabeth II, uma homenagem mais do que merecida.


Diz-se que, no início da temporada 1998-1999, Ferguson reuniu o elenco e disse ter escrito os nomes de seis jogadores que ele acreditava que o decepcionariam, mas ao mostrar o papel, havia apenas um nome: o dele mesmo. Estratégia ou motivação? Pouco importa. A partir dali nasceu um Manchester United obstinado em vencer.


Após 31 anos sem vencer a Champions League, o Manchester começou sua trajetória eliminando o LKS Lodz na fase preliminar. Caiu então no “grupo da morte”, ao lado de Bayern de Munique, Barcelona e Brondby, da Dinamarca. Mesmo terminando atrás do Bayern, avançou como um dos melhores segundos colocados.


Nas quartas de final, enfrentou a Internazionale. Com uma vitória por 2 a 0 em Old Trafford e um empate por 1 a 1 na Itália, o time avançou às semifinais para encarar a Juventus, símbolo da hegemonia italiana na Europa à época.


O empate por 1 a 1 na Inglaterra e o início arrasador da Juve em Turim, 2 a 0 com gols de Inzaghi em 11 minutos, pareciam selar o destino dos ingleses. Mas os milagres começaram ali. Roy Keane e Yorke empataram ainda no primeiro tempo, e aos 39 da etapa final, Andy Cole decretou a virada: 3 a 2. O United estava de volta à final da Champions.


A final, curiosamente, caiu no dia do que seria o aniversário de 90 anos de Matt Busby, lendário técnico do United na conquista da Champions em 1968. O simbolismo tomou conta dos torcedores. O time, no entanto, entrou em campo sem Paul Scholes e Roy Keane, suspensos. Do lado alemão, o Bayern não contava com Lizarazu e Élber.


Logo aos seis minutos, Mario Basler abriu o placar para o Bayern. Os alemães dominaram boa parte do jogo e chegaram a carimbar a trave. O United, por sua vez, não conseguia furar a defesa adversária. O relógio já marcava 45 do segundo tempo, e tudo indicava que o troféu iria para Munique. Mas no futebol, o improvável é regra.


Aos 45, após escanteio de David Beckham, a bola sobrou para Sheringham, que empatou o jogo. Os torcedores mal tinham voltado a respirar quando, aos 47, outro escanteio cobrado por Beckham encontrou Sheringham, que desviou para Solskjaer marcar o gol da virada.


Em menos de dois minutos, o United escreveu um dos capítulos mais emocionantes da história do esporte. O time venceu a Champions League de forma invicta, com cinco vitórias e seis empates.


Mais de 90 mil pessoas presentes no Camp Nou, e milhões ao redor do mundo, presenciaram um jogo que não foi apenas futebol. Foi entrega, superação, estratégia, coração. Um símbolo daquilo que o futebol pode proporcionar: emoção pura, inesquecível, atemporal.

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