Champions League: a virada do século merengue em 2000
- Futebol por Elas
- 24 de jan.
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O ano 2000 ficou marcado como um símbolo de recomeço para a humanidade e para o futebol também. Em meio a lendas e teorias sobre o fim do mundo, o Real Madrid escrevia um novo capítulo na história da Champions League, coroando-se mais uma vez como rei da Europa. Depois de uma temporada apagada em 1998-99, o clube merengue ressurgiu com força total, disposto a conquistar a tão sonhada oitava taça continental.
Sob pressão após uma temporada sem títulos expressivos, o presidente Lorenzo Sanz sabia que algo precisava mudar. A aposta foi em Vicente Del Bosque, homem da casa, que desde 1985 já cuidava das categorias de base. Em sua chegada ao comando principal, Del Bosque tinha um objetivo claro: trazer de volta a glória europeia.
A 45ª edição da Champions League começou com 32 equipes divididas em oito grupos. O Real Madrid caiu no Grupo E, ao lado de Porto, Olympiacos e Molde. Com quatro vitórias, um empate e uma derrota, os merengues avançaram como líderes com 13 pontos.
Na segunda fase de grupos, mais um desafio: Bayern München, Dínamo de Kiev e Rosenborg. O Real Madrid se classificou em segundo lugar no Grupo C, com 10 pontos, garantindo sua vaga nas quartas de final.
O adversário seguinte era o temido Manchester United, atual campeão da Champions. No Santiago Bernabéu, o primeiro jogo terminou em 0 a 0. No Old Trafford, porém, o Real Madrid mostrou sua força: logo aos 6 minutos, Keane marcou contra. Depois, Raúl fez dois belos gols — um chute preciso de fora da área e outro após jogada magistral de Redondo. Beckham e Scholes ainda diminuíram, mas a vitória por 3 a 2 foi suficiente para eliminar os ingleses.
Na semifinal, o velho conhecido Bayern München. Em casa, o Real Madrid venceu com tranquilidade por 2 a 0, com gols de Anelka e um contra de Jeremies. Na volta, em Munique, o Bayern até venceu por 2 a 1, mas Anelka novamente deixou sua marca e garantiu a classificação madridista para a final.
O palco estava montado: Stade de France, 24 de maio de 2000. Pela primeira vez na história da Champions League, dois clubes do mesmo país se enfrentavam em uma final — Real Madrid e Valência.
Do lado merengue, o jovem goleiro Iker Casillas, com apenas 19 anos, era um dos destaques da equipe após assumir a titularidade por conta da lesão de Illgner. E ele não decepcionou.
Apesar de um início equilibrado, o Real Madrid abriu o placar com Morientes, de cabeça, aos 39 minutos. No segundo tempo, McManaman fez um golaço de voleio e, mais tarde, Raúl selou o destino do jogo com uma arrancada fulminante e um drible no goleiro para marcar o terceiro: 3 a 0.
Era a consagração. A virada do século também foi a virada do Real Madrid. Uma equipe que havia sido desacreditada voltava ao topo da Europa, levantando a “Orejona” pela oitava vez e escrevendo mais uma página lendária em sua gloriosa história.
escrito por Giselly Horta
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