Champions League: a reconstrução do United rumo à glória em 1968
- Kaliandra Alves Dias
- 23 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Dez anos após o trágico acidente aéreo de Munique, que vitimou 23 membros do Manchester United, os Diabos Vermelhos escreveram um dos capítulos mais emocionantes da história do futebol europeu. Liderados pelos sobreviventes Matt Busby, Bobby Charlton e Bill Foulkes, o clube inglês superou a dor, reconstruiu-se e conquistou, pela primeira vez, a Taça dos Campeões Europeus ao vencer o Benfica na prorrogação.
A 13ª edição do torneio trouxe uma novidade importante: a implantação da regra do gol fora de casa, válida apenas para os confrontos da primeira fase.
A caminhada dos Diabos Vermelhos
O Manchester United iniciou sua trajetória contra o Hibernians, de Malta. No jogo de ida, em Old Trafford, os ingleses não deram chances aos adversários e golearam por 4 a 0, com dois gols de Sadler e dois de Law. Com a classificação praticamente garantida, o jogo de volta terminou empatado em 0 a 0.
Na segunda fase, o adversário foi o Sarajevo. Após um empate sem gols no primeiro jogo, o United venceu por 2 a 1 na volta, com gols de Aston e Best. Delalic descontou para os iugoslavos, mas não foi suficiente para impedir o avanço inglês.
Nas quartas de final, o desafio foi contra o Górnik Zabrze, da Polônia. No primeiro jogo, em casa, Florenski e Kidd marcaram os gols da vitória por 2 a 0. Mesmo com a derrota por 1 a 0 fora de casa, o Manchester United avançou à semifinal.
Um clássico europeu: Manchester United x Real Madrid
Na semifinal, os ingleses enfrentaram o poderoso Real Madrid. Em Old Trafford, George Best garantiu a vitória por 1 a 0. No jogo de volta, diante de mais de 125 mil torcedores no Santiago Bernabéu, o duelo terminou em um eletrizante empate por 3 a 3. Pirri, Gento e Amancio marcaram para os espanhóis, enquanto Zoco (contra), Sadler e Foulkes garantiram o resultado para o United, selando a classificação à final.
A consagração em Wembley
A final, disputada no lendário Estádio de Wembley, colocou frente a frente Manchester United e Benfica. Para Bobby Charlton e Bill Foulkes, chegar à decisão foi ainda mais especial, por serem sobreviventes do acidente de 1958.
Charlton abriu o placar para os ingleses, mas aos 79 minutos, Jaime Graça empatou para o Benfica, levando a decisão para a prorrogação.
No tempo extra, o Manchester United mostrou sua força. George Best marcou o segundo gol logo no início da prorrogação, e apenas um minuto depois, Kidd ampliou. Para fechar com chave de ouro, Charlton balançou as redes novamente, decretando a vitória por 4 a 1 e garantindo o primeiro título europeu do clube inglês.
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