top of page

Champions League: a obra-prima de Zidane em 2002

A edição 2001/2002 da Champions League não pertence apenas ao Real Madrid, ela carrega também o nome de Zinédine Zidane. Em seu ano de centenário, o clube merengue celebrou em grande estilo ao conquistar sua nona taça europeia, a lendária La Novena, com um dos gols mais icônicos da história do futebol.


A jornada rumo à glória começou ainda em 2000, com a eleição de Florentino Pérez para a presidência do clube. Seu projeto galáctico tomou forma com a polêmica contratação de Luís Figo, por 60 milhões de euros, tirado diretamente do rival Barcelona. No mesmo ano, o Real foi coroado pela FIFA como o melhor clube do século XX.


Apesar de uma eliminação na semifinal da Champions 2000/2001, o plano seguiu firme. Para a temporada seguinte, o centenário, Pérez abriu os cofres mais uma vez e trouxe Zidane da Juventus por 76 milhões de euros, transformando o meio-campista francês na contratação mais cara da história à época. Sob o comando de Vicente Del Bosque, o elenco contava com craques como Figo, Roberto Carlos, Raúl, Guti, Solari, McManaman e o próprio Zidane.


Na fase inicial da competição, o Real liderou seu grupo com autoridade, enfrentando Roma, Lokomotiv Moscou e Anderlecht. Na segunda fase, superou com folga Panathinaikos, Sparta Praga e Porto, com cinco vitórias e um empate.


Nas quartas, reencontro com um velho conhecido: o Bayern München. Após derrota por 2 a 1 na Alemanha, os merengues viraram o placar no Bernabéu, com gols de Helguera e Guti, eliminando os atuais campeões.


A semifinal reservou um El Clásico eletrizante. No Camp Nou, Zidane brilhou com um gol de cobertura, e McManaman ampliou no contra-ataque: 2 a 0. Na volta, Raúl abriu o placar, Helguera fez contra e o empate por 1 a 1 garantiu o Real Madrid na final, frustrando as pretensões do Barcelona.


No dia 15 de maio de 2002, no Hampden Park de Glasgow, o Real Madrid enfrentou o surpreendente Bayer Leverkusen. Logo aos 8 minutos, Raul aproveitou um lateral cobrado por Roberto Carlos e abriu o placar. Pouco depois, o zagueiro brasileiro Lúcio empatou de cabeça. Mas o que estava por vir mudaria a história da competição.


Aos 45 minutos do primeiro tempo, Roberto Carlos recebeu um passe de Solari e, em velocidade, cruzou de primeira, no alto, para a entrada da área. A bola encontrou Zidane, que, num gesto de pura arte, girou o corpo e acertou um voleio de esquerda perfeito, sem deixar a bola cair. Um gol histórico, eleito o mais bonito da história da Champions pela France Football.


No segundo tempo, o Real Madrid teve chances de ampliar, mas o Leverkusen cresceu, especialmente após a lesão do goleiro titular César. Iker Casillas, então com apenas 20 anos, entrou em seu lugar e protagonizou defesas milagrosas, garantindo o título com atuações de veterano.


O apito final trouxe lágrimas de emoção: Zidane e Solari vibrando como campeões, Casillas em prantos, ainda incrédulo. O Real Madrid, no seu ano mais simbólico, erguia pela nona vez a taça da Champions League, com direito a uma pintura eterna no palco da Europa.


escrito por Giselly Horta

Comentários


Futebol por Elas

  • Instagram
  • Facebook
  • X
  • LinkedIn
  • YouTube

©2024 por Futebol por Elas. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page