Champions League: a jornada triunfal do Chelsea em 2021
- Futebol por Elas
- 14 de fev.
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Atualizado: há 2 dias
A edição da Champions League chegou com um intervalo de dois meses em relação à temporada anterior, em um calendário adaptado às dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19. Assim como os clubes e jogadores tiveram que lidar com desgaste e lesões, a competição trouxe surpresas, entre elas a consagração do Chelsea, que quase uma década depois, levantou sua segunda taça da Liga dos Campeões.
Diferente da maioria dos clubes europeus, o Chelsea decidiu investir pesado após ficar duas janelas de transferências impedido de contratar jogadores por conta de irregularidades nas negociações envolvendo atletas menores de idade. Com um orçamento de cerca de 247 milhões de euros, chegaram ao clube nomes como Ziyech, Werner, Chilwell, Mendy e Havertz, este último, a segunda contratação mais cara da história do clube, atrás apenas do goleiro Kepa. Thiago Silva também reforçou o elenco, chegando sem custo após o término do seu contrato com o PSG.
Na fase de grupos, sob o comando do técnico Frank Lampard, o Chelsea caiu no grupo E, considerado tranquilo, ao lado de Sevilla, Krasnodar e Rennes. Sem grandes dificuldades, os Blues lideraram a chave com 14 pontos, somando quatro vitórias e dois empates.
Nas oitavas, o adversário foi o Atlético de Madrid. Já sob o comando do novo treinador Thomas Tuchel, ex-PSG, o Chelsea apresentou uma nova cara: defesa sólida, meio-campo dominado por Kanté e ofensividade renovada. A equipe venceu o primeiro jogo por 1 a 0, com um belo gol de Giroud, e confirmou a classificação na volta, com uma vitória por 2 a 0, gols de Ziyech e Emerson.
Com Manchester City e Bayern München apontados como favoritos, poucos apostavam no Chelsea. O PSG, após goleada histórica sobre o Barcelona com brilho de Mbappé, parecia ser o principal rival na briga pelo título. Outro destaque da competição foi Haaland, que voava em campo.
Nas quartas, o Chelsea encarou o surpreendente Porto, que havia eliminado a Juventus de Cristiano Ronaldo. Embora os portugueses fossem considerados o adversário mais acessível, os jogos foram intensos. O Chelsea venceu o primeiro confronto por 2 a 0, com gols de Mason Mount e Chilwell. Na volta, o Porto devolveu o placar, com um golaço de bicicleta de Taremi nos acréscimos, mas o Chelsea avançou.
Do outro lado da chave, o PSG eliminou o Bayern, que não contou com Lewandowski, mas não conseguiu superar o Manchester City nas semifinais. O time de Guardiola garantiu seu lugar na final.
O Chelsea então enfrentou o Real Madrid, time que carregava no histórico 13 títulos da Champions, mas que passava por uma temporada complicada, cheia de lesões e sem grandes estrelas no banco. O primeiro jogo terminou empatado em 1 a 1, com gols de Pulisic para os ingleses e Benzema pelos espanhóis.
No jogo decisivo, o Chelsea dominou fisicamente e venceu por 2 a 0, com gols de Werner e Mason Mount, marcando o fim da jornada de Sergio Ramos na Champions com o Real Madrid.
A final, inicialmente marcada para a Turquia, foi transferida para o Estádio do Dragão, em Porto, Portugal, com capacidade reduzida em 33% devido à pandemia. O Chelsea, em sua terceira final da história, enfrentou o Manchester City em uma decisão inglesa muito aguardada. O gol da vitória saiu aos 42 minutos do primeiro tempo, marcado pela estrela mais cara da temporada, Kai Havertz. Kanté e Jorginho, eleito melhor jogador da temporada pela UEFA, foram os grandes destaques da equipe vencedora. Haaland, mesmo com a eliminação precoce do Dortmund, terminou como artilheiro da competição, com 10 gols.
Mas o verdadeiro protagonista dessa final foi o técnico Thomas Tuchel, que revitalizou o Chelsea, transformando um time apagado no cenário europeu em campeão da maior competição de clubes do mundo. Do outro lado, Pep Guardiola mais uma vez ficou no quase, acumulando uma década sem títulos europeus desde sua última conquista pelo Barcelona, em 2011.
escrito por Giselly Horta
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