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Alemanha domina, mas Japão vira e surpreende no grupo E da Copa

Nesta quarta-feira (23), Alemanha e Japão se enfrentaram pelo grupo E da Copa do Mundo. O pré-jogo foi marcado por um protesto realizado pelos jogadores alemães. Na foto oficial da partida, os atletas da seleção taparam a boca em protesto contra a proibição, por parte da FIFA, do uso da braçadeira "One Love", símbolo de apoio à diversidade. Segundo a declaração oficial da seleção alemã: “Direitos humanos são inegociáveis”. O capitão, Manuel Neuer, tentou usar a braçadeira escondida, mas ela foi verificada antes do início da partida pelo bandeirinha.


Com o apito inicial, a Alemanha impôs seu ritmo de jogo, com alta posse de bola e controle no meio-campo. No entanto, os Samurais Azuis subiram a marcação e passaram a explorar as costas dos zagueiros alemães, atentos aos erros e às possibilidades de contra-ataque.


Foi assim que o Japão quase abriu o placar: após recuperação de bola no meio, Ito cruzou para Maeda, que empurrou para o gol, mas o árbitro assinalou impedimento. Após o susto, a Alemanha passou a trocar passes com mais calma e a criar boas oportunidades, uma delas em cabeçada de Rüdiger e outra com Kimmich, que chutou da entrada da área, exigindo defesa do goleiro japonês.


O Japão se recompunha com velocidade e se multiplicava no campo de defesa, mas Kimmich, com bela visão de jogo, lançou Raum, que recebeu na linha de fundo. O goleiro japonês saiu de carrinho, mas errou o tempo da bola e, na tentativa de recuperação, acertou uma joelhada nas costas do alemão. O árbitro marcou pênalti sem hesitar. O VAR confirmou a decisão, e Gündogan converteu com categoria: 1 a 0 para a Alemanha. Gündogan foi um dos destaques do primeiro tempo, com boa movimentação, visão de jogo e participação ativa na criação de jogadas.


A seleção japonesa tentou explorar os contra-ataques, mas não manteve o mesmo rendimento do início da partida. A Alemanha continuou criando boas chances com Kimmich e Gündogan. O árbitro deu 4 minutos de acréscimo, e os alemães seguiram pressionando. Havertz chegou a marcar em um contra-ataque, mas o gol foi anulado por impedimento após revisão do VAR. O primeiro tempo terminou com a Alemanha demonstrando clara superioridade sobre a seleção japonesa.


Enquanto a torcida fazia a tradicional “ola”, o segundo tempo começou. O Japão fez sua primeira mudança: Kubo saiu para a entrada de Tomiyasu. Mesmo assim, as melhores oportunidades continuavam sendo alemãs. Em seguida, Nagatomo e Maeda deixaram o campo para as entradas de Mitoma e Asano. Os Samurais Azuis passaram a se arriscar mais, mas quem quase ampliou foi a Alemanha, com Gündogan acertando a trave. Aos 21 minutos, Hansi Flick promoveu as primeiras mudanças: Gündogan e Müller saíram para as entradas de Goretzka e Hofmann.


Apesar de dominar a posse e criar mais chances, a Alemanha não conseguiu ampliar o placar, deixando o 1 a 0 perigoso na reta final. Aos 24 minutos, o goleiro japonês Gonda fez quatro defesas seguidas em sequência impressionante, se tornando um dos grandes nomes da partida.


As alterações feitas pelo técnico japonês começaram a surtir efeito. O Japão chegou com perigo com Ito, que chutou forte para ótima defesa de Neuer. No rebote, Sakai finalizou por cima do gol. Após o lance, Sakai foi substituído por Minamino.


Aos 29 minutos, o que já parecia se desenhar aconteceu: Minamino chutou, Neuer espalmou, e Doan aproveitou o rebote para empatar o jogo. Tudo igual no Estádio Internacional Khalifa. Logo após, a Alemanha fez novas substituições: Havertz e Musiala deram lugar a Füllkrug e Götze. O Japão, animado pelo empate, passou a buscar mais a bola, enquanto a Alemanha parecia lenta diante da intensidade dos novos jogadores japoneses.


Aos 37 minutos, o Japão atacou em velocidade pela direita, e Asano, cara a cara com Neuer, finalizou no ângulo, entre o goleiro e a trave, marcando o gol da virada: 2 a 1 para o Japão.

A Alemanha retomou a posse e passou a buscar o empate. O árbitro deu 7 minutos de acréscimo. Aos 44, Gnabry saiu para a entrada de Moukoko. Aos 51, Rüdiger sofreu falta, e até Neuer foi para a área tentar o cabeceio. O escanteio foi cobrado, mas o goleiro japonês espalmou a bola mais uma vez.


Fim de jogo. Os jogadores do banco de reservas do Japão invadiram o campo em comemoração, como se fosse uma final de Copa. Nas arquibancadas, torcedores choravam de emoção.


A Alemanha demonstrou superioridade, mas não eficiência. Criou diversas oportunidades e teve um primeiro tempo quase impecável, com destaques para Gündogan e Kimmich. A sensação era de que uma goleada estava a caminho. Porém, o Japão não desistiu. Mesmo demonstrando desgaste em alguns momentos, defendeu-se com firmeza, com uma atuação brilhante do goleiro Gonda. O grande destaque, no entanto, foi o técnico dos Samurais Azuis, Hajime Moriyasu, que soube utilizar muito bem o banco de reservas para construir uma das viradas mais memoráveis da Copa do Mundo.


escrito por Giselly Horta

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