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Predestinado: de Xerém para a Glória Eterna

Um novo amanhecer nas Laranjeiras. Diferente: calmo, alegre, aliviado e feliz. Fluminense escreveu mais um capítulo bonito de sua história no último sábado (04) e o futuro havia se tornado presente. Mas o caminho para a Glória Eterna não foi nenhum passeio pelo campo dos Deuses do Futebol; foi mais como “A Hora do Pesadelo”, um verdadeiro horror. A porta era estreita.


Para celebrar esse presente, permita-se voltar um pouquinho no tempo: nascia, em Itaúna, Minas Gerais, 18 de maio de 2002, John Kennedy Batista de Souza. Foi no Fluminense Football Club que começou a escrever sua história junto ao clube. Aos 14 anos se tornava um menino de Xerém e aos 19, integrava o elenco profissional marcando 6 gols no ano de estreia.


Nem sempre foi assim. Semanas antes da final, o jogador tricolor esteve no centro das atenções midiáticas, preocupando a todos com uma virose e em seguida notícias sobre uma pubalgia, o que deu muita margem para inúmeras teorias da conspiração. Sua vida pessoal também estava exposta devido aos altos e baixos em sua vida extracampo, o que melhorou muito depois que conheceu a mãe de sua filha Vallentina, Viviane Barros.


O “Urso”, carinhosamente chamado pela torcida Tricolor das Laranjeiras, John Kennedy representa a realidade de muitos jogadores talentosos e promissores que ficaram no meio do caminho pela negligência com o ser humano e a comercialização de talentos prontos. Da vida pobre e sofrida ao deslumbre de festas. Os atrasos em treino, as alegações de envolvimento com drogas. O ser humano que, muitas vezes, se perde e não tem suporte, e não volta.


foto: Sérgio Moraes / Reuters

Kennedy teve a ajuda de Diniz e de muitos companheiros de Fluminense. E ressurgiu, na hora certa. Após seu retorno do empréstimo pelo Ferroviária. Diniz viu o menino urso correndo e o tempo brincando ao redor do futebol daquele menino. No sábado, mais importante da história do Fluminense e de todos os torcedores, ouviu seu nome chamado pelo técnico, que disse: “Você vai fazer o gol do título”.


E não poderia ser de outra forma. O somatório de todos os sinais, o craque problemático, desacreditado ascendeu e eternizou aquele momento por todos. Predestinado. Confiante. Marcado eternamente na história do clube, assim como Renato Gaúcho e seu gol de barriga; Fred e sua volta. Um menino, o do funk que embala seu nome: “Cada lugar tem um menino. E cada lugar tem um rei. O menino cresceu, e virou menino rei”.

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