O legado de Marta
- Celine Dutra
- 15 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
A importância da jogadora para as futuras gerações do futebol
No senso comum, quando o assunto é futebol feminino, a primeira pessoa que vem à mente é ela. Dona de seis bolas de ouro, maior artilheira de Copas entre homens e mulheres, autora de 119 gols pela seleção, ou apenas um nome com cinco letras, Marta.
Natural de Dois Riachos, Alagoas, a camisa 10 da Seleção Brasileira feminina, não tem apenas esses recordes importantíssimos na bagagem, mas também carrega uma história inspiradora.
A atacante, que começou a carreira profissional no Vasco, conquistou alguns pódios em sua carreira. Entre eles, a medalha de ouro nos Jogos Pan Americanos de Santo Domingo (2003) e Rio (2007), além do segundo lugar na Copa do Mundo na China, no mesmo ano.
Fora das quatro linhas, Marta exerce um papel de destaque na luta pela igualdade de gênero no meio esportivo. Em 2018, ela foi nomeada como Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres e além disso, no mês de julho, a jogadora lançou a marca de roupas esportivas GoEqual que terá toda sua renda revertida para entidades que promovem o protagonismo feminino no futebol.

Este ano, a artilheira fez sua sexta e última Copa do Mundo feminina, edição realizada na Austrália e na Nova Zelândia. E a despedida da atleta não foi como a torcida, e nem ela gostaria. O Brasil foi eliminado do Mundial ainda na fase de grupos, em confronto com a Jamaica.
O apito final veio com uma mistura de sentimentos, tanto para ela, quanto para as outras jogadoras. Não existirá outra Marta, como ela profetizou em seu discurso da penúltima edição do Mundial Feminino, sediado na França:
“Não vai ter uma Formiga pra sempre, não vai ter uma Marta pra sempre, não vai ter uma Cristiane... chorem no começo para sorrir no fim”.
Após a derrota, a alagoana foi reverenciada nas redes sociais por jogadoras de todo o mundo, que destacaram a importância que Marta tem para o futebol feminino mundial. Este é o legado dela. Inspirar as próximas gerações, abrir portas para que outras meninas sonhem com o futebol, lutar pelo direito das mulheres de ocuparem cargos em qualquer profissão.
A atleta encerrou sua participação em Copas sem conquistar o tão sonhado primeiro lugar no torneio. Apesar disso, a jogadora que fez história, carrega consigo o papel de representatividade feminina no futebol e também o título que já virou nome composto, Rainha Marta.
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