Na garra e emoção, Fluminense conquista a Libertadores

Maracanã, o templo do futebol brasileiro foi o palco de mais uma final de Libertadores da América. E nas suas batalhas mais épicas, mais de 70 mil torcedores tiveram a oportunidade de ver o Fluminense eternizar o seu nome na história da competição. A vitória por 2 a 1, na prorrogação trouxe o título inédito aos torcedores - Cano e John Kennedy marcaram a favor dos brasileiros; enquanto Advíncula descontou para os argentinos.

O jogo

O primeiro tempo foi marcado pela forte pressão imposta pelo Fluminense que, até os oito minutos, dava ritmo a partida e buscava se infiltrar na forte defesa imposta pelo time argentino. Com dificuldades em armar o contra-ataque, os jogadores do Boca Juniors aguardavam um erro tático do Flu para tentar levar perigo ao goleiro Fábio que, nesta tarde, comemorou 100 jogos disputados na Libertadores.

Aos 12', o Flu buscou abrir o placar em uma falta. Na cobrança de Marcelo, Cano buscou o cabeceio, sem perigo para Romero.

O Boca Juniors teve a sua primeira finalização aos 14 minutos com Merentiel que criou a jogada no meio-campo e, na entrada da grande área, arriscou para a defesa de Fábio. Os argentinos voltaram ao ataque novamente com Merentiel, desta vez pelo lado esquerdo. O camisa 16 encontrou Barco que, em uma rápida jogada encontrou Cavani - o camisa 10 buscou a finalização, mas perdeu o tempo de bola e foi desarmado.

Com o duelo equilibrado, tanto argentinos quanto brasileiros criaram chances de gol. O Boca Juniors teve um escanteio marcado ao seu favor, na cobrança a defesa do time carioca afastou.

Artilheiro, Cano marcou seu 13º gol na Libertadores (foto: Conmebol Libertadores)

Aos 34, Marcelo cobrou um escanteio na medida - Nino subiu mais alto e viu a bola ir para fora. A insistência valeu a pena, aos 35, Keno tabelou com Arias e chutou rasteio, próximo a marca do pênalti para Cano - livre de marcação, o camisa 14 abriu o placar. Boca Juniors 0 x 1 Fluminense.

O gol marcado motivou o Fluminense que quase ampliou com Marcelo que buscou aproveitar a chance após um cruzamento de Arias. Os minutos finais foram de pressão do Boca Juniors que parou nas defesas de Fábio.

No segundo tempo, o Boca Juniors tentou o gol de empate. A melhor oportunidade dos argentinos veio com Advíncula que viu a bola desviar na marcação e passar a esquerda de Fábio. Aos 18 minutos, o árbitro amarelou o uruguaio Cavani após uma falta cometida em André. Aos 21, foi a vez de Keno receber o cartão amarelo e, aos 22, Figal recebeu o amarelo.

Aos 24, Equi Fernandéz chutou na entrada da grande área, sem dificuldades para a defesa de Fábio. O Boca Juniors conquistou o empate com um golaço marcado por Advíncula - após um belíssimo passe de Medina.

O técnico Jorge Almirón realizou duas substituições saindo o atacante Cavani e o meio-campista Barco para as entradas do atacante Benedetto e do atacante Langoni. Já Fernando Diniz tirou o lateral Marcelo; meio-campista Ganso e volante Martinelli para entrada do lateral esquerdo Diogo Barbosa; atacante Kennedy e o meio-campista Lima. Aos 39, mais uma substituição no time brasileiro com a saída de Samuel para a entrada do lateral direito Guga.

O Fluminense teve a chance de conquistar o título no apagar das luzes, porém, Diogo Barbosa desperdiçou a oportunidade. Com o tempo regular de jogo, a prorrogação veio.

Prorrogação

O Boca Juniors teve mudanças: saindo o atacante Merentiel para a entrada do, também atacante, Janson. O Boca Juniors se impôs e conseguiu administrar bem os primeiros minutos. Aos 5', Advíncula buscou o contra-ataque e cruzou, a bola desviou em Keno e saiu para escanteio. Na cobrança curta, novamente, Advíncula arriscou e viu Fábio defender.

O Flu buscou a virada com Diogo Barbosa. Se os torcedores lamentaram, puderam comemorar, com emoção, um golaço marcado por John Kennedy que, de primeira soltou uma bomba: Boca Juniors 1 x 2 Fluminense. Como já havia levado cartão amarelo, o camisa 9 foi expulso após ter ido comemorar com a torcida.

O fim da primeira etapa ainda foi marcada por uma reclamação de pênalti à favor dos argentinos. Após uma pequena confusão, o lateral esquerdo Fabra foi expulso por dar um tapa no rosto de Nino, após o VAR analisar a jogada.

Com uma expulsão de cada lado, o segundo tempo da prorrogação começou intenso e com pressão dos argentinos. Benedetto arriscou, na intermediária, e viu a bola passar a esquerda do gol defendido por Fábio.

Os argentinos tiveram um escanteio ao seu favor. No afastar da defesa, o Fluminense armou o seu contra-ataque e, por pouco, o placar não foi ampliado. Após deslocar o marcador, Guga finalizou e acertou a trave. A pressão imposta pelo Boca Juniors não foi capaz de impedir que o Fluzão do Diniz conquistasse a Glória Eterna.