John Textor e a manipulação no futebol brasileiro
- Giovannna Maldonado
- 22 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas irá ouvir, nesta segunda-feira (22), o empresário John Textor, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas.
John Textor vem causando polêmicas após suas acusações sobre manipulações de resultados, que envolvem, principalmente, os clubes paulistas Palmeiras e São Paulo. Toda a situação passou a acontecer ainda em 2023, depois do jogo entre Botafogo e Palmeiras.
No jogo em questão, Textor após o apito final reclamou com a arbitragem sobre a expulsão de Adryelson, e alegou em entrevista que seria roubo cometer tal ação para que o adversário fosse beneficiado, e zombou do Campeonato Brasileiro. Posteriormente, a CBF afirmou que processaria John Textor pelas acusações, e o norte-americano reforçou que não voltaria atrás de suas acusações.
O STJD suspendeu preventivamente John Textor em novembro de 2023, e também o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o processou por calúnia. Não satisfeito, Textor divulgou o relatório da GoodGame, onde indicava supostos erros de arbitragem, e consegue um efeito suspensivo de punição.
Em março deste ano, o dirigente do Botafogo voltou e emitir acusações sobre as supostas manipulações, e que o Palmeiras estaria sendo beneficiado pela arbitragem no Campeonato Brasileiro. Ele também fez afirmações de que as duas goleadas protagonizadas pelo Alviverde, sobre o São Paulo por 5 a 0 e sobre o Fortaleza por 4 a 0, teria sido manipuladas. Em suas falas alegou que o Brasileirão estaria tendo essas manipulações desde os últimos três anos (2021,2022e 2023).
A todo momento Textor diz que tem provas sobre tudo que diz, e ressaltou ter, inclusive, gravações de árbitros reclamando que, supostamente, não haviam recebido propina. Diante disso, a procuradoria do STJD pediu a abertura de um inquérito para, assim, apurar as denúncias. Ficou decidido que o norte-americano teria três dias para apresentar tais provas, entretanto, ele apenas se manifestou sem apresentá-las. Sem apresentar as provas que afirma ter, o STJD deu um novo prazo para Textor mostrar, mas, novamente, não foi cumprido.
Na quarta-feira (03) após o primeiro jogo da Libertadores, Textor mandou um recado para Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Júlio Casares, presidente do São Paulo.
“Eu me preocupo mais com a regra do jogo, aparentemente, que o STJD. Eles querem que eu entregue o nome dos acusados. Essas pessoas têm direitos. Eu posso provar 100% que isso aconteceu”.
Na mesma noite, John Textor foi denunciado por não apresentar essas provas. O julgamento que estava marcado para a segunda-feira (15) foi adiado pelo STJD.
O diretor do São Paulo, disse que Textor foi irresponsável ao dizer sobre a manipulação da goleada, e que o São Paulo estaria tomando medidas juntamente ao STJD nas esferas cível e criminal.
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