Do incentivo ao protesto: os contrastes de Alemanha e Espanha para a Copa do Mundo
- Futebol por Elas
- 27 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
Com data marcada para começar no dia 20 de julho e término em 20 de agosto, a Copa do Mundo feminina 2023, está chegando e neste ano terá como país sede a Austrália e Nova Zelândia.
E com os avanços do futebol feminino, essa Copa do Mundo promete ser a maior de todos os tempos, assim como a primeira a ter 32 seleções na luta pela taça. E para ajudar você a ficar por dentro dos times que irão disputar o torneio.
As bicampeãs alemãs
Em sua trajetória, a seleção feminina da Alemanha é conhecida como a segunda maior campeã da Copa do Mundo Feminina, com duas taças (2003 e 2007), ficando atrás somente do Estados Unidos, líder da modalidade com quatro títulos em sua conta (1991, 1999, 2015 e 2019).
Mas não só a segunda maior campeã da Copa, a Alemanha é também uma grande potência no futebol feminino, e foi lutando desde 1954 por espaço e oportunidade que esse time começou a ir se estruturando e vencendo campeonatos importantes, sendo o primeiro título o Mundial da Seleção Alemã Ocidental de Fritz Walter, e depois inúmeros canecos na Eurocopa (1989, 1991, 1995, 1997, 2001, 2005, 2009 e 2013), e nos Jogos Olímpicos, sendo a última vitória no Rio de Janeiro, em 2016, ao ganharem a medalha de ouro.
Para essa edição, a seleção comandada pela treinadora Steffi Jones terá um patrocínio importante fora das quatro linhas. Recentemente, a Federação Alemã de Futebol (DFB) anunciou o Google como patrocinador da seleção feminina. Além de cocriar os conteúdos que serão exibidos nas mídias digitais, a empresa terá direito a exibição nas placas de led nas partidas da Alemanha como mandante e também nos backdrops das coletivas de imprensa.
Polêmica espanhola acende sinal de alerta
Na última semana, o posicionamento da zagueira Mapi León revelou que não irá disputar a Copa do Mundo. A decisão da defensora reascende uma polêmica que envolve os atritos das jogadoras com a comissão técnica.
“A partir de hoje não estarei na Copa do Mundo e me entristece, ganhei e merecia estar lá. Não é uma decisão tomada levianamente, mas Mapi León tem uma forma de vida e valores… Não posso voltar se não vir mudanças, e o que houve hoje é insuficiente, não as vejo", destaca a zagueira do Barcelona.
As mudanças enfatizadas por León estão interligadas solicitações feitas pelas jogadoras em setembro de 2022, quando 15 atletas encaminharam um e-mail a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) contestando os resultados irregulares, pedindo a demissão do treinador Jorge Vilda e reforçando que as lesões foram determinantes para que não fossem convocadas para os amistosos que seriam disputados em outubro.
Além de manifestar apoio do técnico, na nota publicada em suas redes sociais, a RFEF que "contará com jogadoras comprometidas, ainda que tenha que jogar com juvenis". A situação voltou a ter novos capítulos com um novo comunicado emitido pelas jogadoras que criticaram a postura da federação em tornar público um assunto que afeta a saúde mental.
Sem o apoio do principal nome da seleção espanhola, Alexia Putellas, as jogadoras Ainhoa Vicente, Aitana Bonmatí, Andrea Pereira, Amaiur Sarriegi, Claudia Pina, Lucía Garcia, Leila Ouahabi, Laia Aleixandre, Lola Gallardo, María León, Mariona Caldentey, Nerea Izaguirre, Ona Batlle, Patri Guijarro e Sandra Paños deixaram de ser convocados pelo treinador após enviarem o e-mail, reforçando a postura de boicote de Vilda e da própria federação.
Se a Espanha é um dos nomes favoritos ao título, atitudes como essa demonstram que dentro das quatro linhas, Vilda terá um árduo caminho a trilhar.
Matéria escrita por Bianca Lodi e Kaliandra Alves Dias
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