Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo feminina de 2027
- Bianca Costa
- 17 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de jun. de 2024
Após votação no Congresso da FIFA, sediado em Bangkok, Tailândia, nesta sexta-feira (17), o Brasil foi escolhido como o país para sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027, com uma margem confortável de 119 votos a favor e 78 contra.
Esta será a décima edição do torneio e marca um momento histórico, sendo a primeira vez que a competição será realizada na América do Sul. O Mundial Feminino de 2027 seguirá o mesmo formato da edição de 2023, com 32 seleções participantes, vencida pela Espanha.
Vários fatores contribuíram para a escolha do Brasil como anfitrião. A infraestrutura dos estádios, a qualidade da hospedagem e a oferta de locais para eventos como o Fan Festival foram aspectos que impressionaram os delegados da FIFA durante o processo de seleção.
Pela primeira vez, a sede foi escolhida diretamente no congresso da FIFA, e o Brasil foi representado pela influenciadora Duda Pavão. Sua apresentação inovadora, com o tema "O Futuro do Futebol Feminino", contou com o auxílio de uma personagem de inteligência artificial, além de um vídeo inspirador da renomada jogadora Marta.
A proposta brasileira já havia se destacado durante a avaliação técnica conduzida pela FIFA em fevereiro. Um relatório detalhado de quase cem páginas ressaltou a excelência da candidatura brasileira, atribuindo-lhe uma nota máxima de quatro, enquanto as candidaturas rivais da Alemanha, Holanda e Bélgica receberam uma avaliação de 3,7.
Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento", comemorou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, em depoimento ao site da entidade.
Como país anfitrião, o Brasil garantiu automaticamente sua participação no Mundial, consolidando sua presença em todas as edições da Copa do Mundo Feminina, juntamente com potências do futebol feminino como Alemanha, Japão, Nigéria, Noruega, Suécia e Estados Unidos. A seleção brasileira buscará conquistar um título inédito, após ter sido vice-campeã em 2007, na China, perdendo para a Alemanha na final.
Na última Copa, sediada na Austrália e na Nova Zelândia em 2023, o Brasil teve um desempenho ruim, sendo eliminado na fase de grupos. Apesar de uma vitória convincente sobre o Panamá por 4 a 0 na estreia, a equipe liderada pela técnica sueca Pia Sundhage sofreu uma derrota por 2 a 1 para a França e empatou sem gols com a Jamaica. O título acabou nas mãos da Espanha. Como resultado, Sundhage deixou o comando da equipe, sendo substituída por Arthur Elias.
A competição está marcada para iniciar em 24 de junho de 2027, com a grande final prevista para 25 de junho do mesmo ano, ambas no Estádio do Maracanã. Dez estádios brasileiros serão utilizados, incluindo o Beira-Rio em Porto Alegre, a Arena Corinthians em São Paulo e o Maracanã no Rio de Janeiro, Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Salvador), Arena Pernambuco (Recife), Arena Castelão (Fortaleza), Arena Amazonas (Manaus), Arena Pantanal (Cuiabá) e Mané Garrincha (Brasília).
A Fifa tem autonomia para mudar a quantidade de estádios a receber os jogos, os locais e até as datas de início e encerramento da competição.
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