Crise no Palmeiras? Leila faz declarações e Mancha Verde responde

Na tarde de quarta-feira (11), Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, convocou uma entrevista coletiva em que fez diversas declarações sobre sua gestão e o clube em geral, que gerou grande repercussão negativa por parte dos torcedores palmeirenses e, principalmente, pela Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras.

“Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro” disse Leila durante a coletiva

Durante a entrevista, Leila abordou diversos assuntos polêmicos e quem tem sido cobrado, como a não contratações de reforços para o elenco e a compra do seu avião. Sobre as contratações, ela disse que não contrata jogadores aposentados em atividades para o Palmeiras, e também não é porque a torcida organizada está pressionando que ela vai contratar. Também alegou em seu discurso que jogadores não queiram jogar no Palmeiras por medo da violência.

Ao ser perguntada sobre conflito de interesses, ela abordou o tema citado anteriormente. Segundo ela, mesmo com as piadas sobre a compra do avião, o investimento já economizou dos cofres do clube três milhões de reais, e que fez essa compra para que seus atletas pudessem viajar quando quisessem.

Outro assunto muito polêmico, foi o nome Anderson Barros. Leila em suas palavras o defendeu, e disse que achava injusto o que o torcedor organizado faz com ele. Ressaltou que enquanto estiver no comando do Palmeiras, Barros continuará também.

"O Anderson é um dos grandes responsáveis por tudo isso. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro."

Leila Pereira, trouxe em suas falas sobre o momento delicado que passou o Verdão em 2014. Na coletiva ela disse que se o Palmeiras não caiu em 2014, não foi por mérito do próprio. "Não foi por mérito, vocês sabem como foi" - Leila Pereira. Acrescentando também, ela disse que quando ela sair, o Palmeiras pode vir a cair para a segunda divisão novamente.

Após todas as declarações de Leila, a principal torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde, organizou uma live no canal do YouTube "Mancha Tv" durante a noite de quarta, para responder as falas de Leila. A transmissão durou em torno de duas horas e quarenta minutos e contou com o presidente da organizada, Jorge Luis, e mais três integrantes.

“Quando você foi eleita presidente, você foi na quadra com a gente, né? Hoje a gente é o câncer, caso de polícia. Mas você vivia na nossa quadra, nas festas, no nosso meio. Só agora descobriu que somos casos de polícia? Só porque estamos criticando sua gestão?” respondeu Jorge em live

Jorge ressaltou por diversas vezes que durante a campanha de Leila para ser presidente, quem a apoiou para tal, representando os demais torcedores do Palmeiras, foi a Mancha e que agora ela estava dizendo essas coisas sobre torcida organizada pois eles estavam fazendo cobranças a sua gestão, além de fazer questão de deixar claro que não sabe quem foi e que não foi a mandato dele as pichações nas lojas Crefisa.

"Se você continuar no Palmeiras é que vamos voltar à Série B"

Um dos integrantes da Mancha que participava da live responde Leila sobre a série B e diz que o time tem mais chances de voltar com o comando da presidente atual, com uma gestão ditatorial, do que com uma outra gestão nova.

Falou também sobre o que ela disse sobre os jogadores não virem jogar no Brasil por conta da violência e questionou se é apenas no Palmeiras que ocorre violência no futebol já que, Suares, Paulinho e Lucas vieram nessa janela de transferência jogar em clubes brasileiros.

Acrescentou que o Barros, ao contrário do que Leila disse, não é competente e foi graças a incompetência dele que o Abel veio ao Palmeiras, pois ele era a terceira opção.

Por fim, eles falaram que nunca ameaçaram a Leila e que nunca fariam isso. Que ela pediu medida protetiva contra os integrantes da mancha, mas que ela deveria era pedir contra as pessoas que ameaçam ela na internet.

"A melhor medida protetiva, Leila, seria você sumir do Palmeiras e ir embora."