Baixinho: Romário de Souza Faria
- Éllen Gerber
- 25 de ago. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de abr. de 2024
Sempre ouvimos dizer que a disciplina nos leva a lugares inimagináveis, mas você conhece a trajetória de um dos maiores atacantes da história do futebol mundial?
Jogador muito polêmico e considerado indisciplinado, o que nunca interferiu no seu desempenho e habilidades surpreendentes, o carioca Romário de Souza Faria, muito conhecido como "Baixinho", nasceu em 29 de janeiro de 1966 e marcou a história do futebol com seu talento que nunca precisou ser lapidado. Seu nome foi citado muitas vezes por conta das jogadas emblemáticas, do futebol arte, mas também das festas que frequentava e dos treinos que faltava. O atual senador pelo Rio de Janeiro que já foi deputado federal, deu seus primeiros passos no esporte pelo time "Estrelinha", que foi fundado por seu pai. Não demorou para que se destacasse e em 1979 foi aceito nos times de base do Olaria, time da Zona Norte do Rio de Janeiro, onde também conquistou títulos.
Passagens por clubes nacionais e internacionais
Depois disso, começaria sua história no Vasco da Gama, clube pelo qual teve quatro passagens como atleta e uma como treinador, essa inclusive marcada por um fato inusitado: Romário começou uma partida no comando do time e entrou em campo como jogador para reforçar a equipe no jogo entre Vasco e América do México na Sul-Americana em 2007.
Ainda nas categorias de base, foi, por três anos consecutivos, artilheiro do Campeonato Carioca: em 1982,1983 e 1984 e campeão em 1983 e 1984. Já na equipe profissional conquistou Campeonato Brasileiro, Copa Mercosul e duas vezes o Campeonato Carioca, além de outros troféus de menor expressão.
Dentre tantas polêmicas, sua vida boêmia e até desentendimentos com companheiros e técnicos, Romário acumulou conquistas memoráveis. De forma sucinta, podemos destacar: três campeonatos holandeses, duas copas da Holanda e uma supercopa da Holanda pelo PSV. Um campeonato espanhol, uma supercopa da Espanha e um troféu Tereza Herrera pelo Barcelona. Ummercosul, uma copa ouro sul-americana, uma copa dos campeões mundiais e dois cariocas pelo Flamengo e também o campeonato catariano pelo Al Saad. Baixinho também teve passagens pelo Valencia, Fluminense, Miami FC, Adelaide United e América do Rio, onde encerrou sua carreira. O revés apareceu algumas vezes em sua carreira mas não anula o brilho que teve na maioria dos clubes, se tornando ídolo, alcançando patamares impressionantes, sendo protagonista em várias ocasiões e se tornando notícia com salários e contratações astronômicas. Romário conseguiu um feito que poucos na história alcançaram: é ídolo em clubes rivais.
Com a camisa da Seleção Brasileira
Baixinho é ninguém menos que o quarto maior artilheiro da seleção segundo a FIFA, com 55 gols em jogos oficiais. Foi campeão e protagonista da copa de 1994. Conquistou duas vezes a Copa América, uma Copa das Confederações e medalha de prata nas olimpíadas de 1988. Foi na seleção que sua imagem foi muito associada a de Bebeto, seu rival de clube. Juntos formaram uma dupla implacável. Até hoje muitas pessoas relembram o prestígio que era ver a dupla em campo representando bravamente a nossa seleção. Recentemente os dois se envolveram em uma polêmica por conta da política.
Conquistas pessoais e reconhecimento
Foi artilheiro de 31 das 83 competições que disputou e se tornou o jogador com o maior número de artilharias. Também foi eleito o melhor centroavante do século pela revista holandesa Voetbal International. Conquistou o prêmio de melhor jogador do mundo e bola de ouro. Romário recebeu a honra de ter seu nome no estádio do Duque de Caxias em Xerém, que carrega até seu apelido “marrentão”.
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