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A tristeza das despedidas

Que ninguém gosta de despedidas é fato. Quando torcemos para um time, nos apegamos a tudo o que vem deles. Desde o elenco ao uniforme bem elaborado de uma temporada, cada detalhe nos faz apaixonar mais e mais pelos nossos. A vida do torcedor do Barcelona, inclusive, vem sendo repleta de dolorosas despedidas.


Desde a saída de Xavi e Iniesta, dois grandes golpes duros, esperava-se que o coração culé vivesse alguns dias de paz. Não demorou muito e o adeus (ou até logo, como muitos já especulam e o próprio já mencionou diversas vezes) de Lionel Messi veio como um choque na realidade de um torcedor que talvez jamais imaginasse ver esse momento chegar, por mais que sua aposentadoria não tardasse mais tanto a acontecer. Sua saída, inclusive, pegou o próprio de surpresa, que não poupou lágrimas e desejos de retorno.


Nesta temporada, uma era do clube catalão oficialmente chegará ao fim com a saída de dois de seus grandes nomes há anos. Sergio Busquets e Jordi Alba anunciaram que esta seria sua última temporada jogando pelo clube onde estão desde que se entendem como jogadores. Com 15 e 10 temporadas, respectivamente, vestindo a camisa azul e grená, esses dois nomes de peso da história culé se despedem do Camp Nou e de uma torcida que chora junto com eles a saída e o fim de uma era que trouxe muito amor e orgulho. Talvez o sentimento possa ser comparado com o de Totti e De Rossi saindo da Roma, ou o de Gigi Buffon deixando a velha senhora Juventus.


Esses grandes nomes estiveram em seus clubes do coração por anos, e não abandonaram a camisa mesmo com propostas pra lá de indecentes e tentadoras. Jogar, para eles, sempre foi muito mais do que dinheiro ou grandes prêmios individuais. Era vestir uma camisa e não abandona-la até o fim. Esse também foi Rogerio Ceni, ídolo do São Paulo e uma das maiores provas de que existem jogadores que abraçam não só o esporte, mas o clube que chamam de casa.


O sentimento de gratidão do torcedor é infinito, e as dores das despedidas são como se fossem de grandes amigos, que foram assistidos e aplaudidos por anos, que acompanharam fases da vida se mantendo ali, no mesmo lugar, que chamam de lar aquilo que chamamos de amor. Um obrigada cheio de gratidão a cada um que veste a camisa de nossos clubes como se eles mesmos fossem os donos, os cuidadores daqueles mantos. E que venham mais anos e anos ali, de novas formas, mas sempre ali, conosco.

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